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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Transformaram nossa gente em fracos.




Refletindo um pouco a respeito da situação em que caminha o Brasil, em princípio, achava preconceituosa algumas posições exaltadas, especialmente nas redes sociais a respeito dos “bolsas da vida”, contudo,   com o agravamento da situação do país e o desenrolar das manifestações populares chegamos a seguinte conclusão: o governo conseguiu contrariar uma máxima popular da qual todos os pais e mães procuram evitar na educação dos filhos, ou seja, banalizar a proteção, especialmente na concessão de bens,  “quando damos aos nossos filhos, em termos materiais, tudo aquilo que não tivemos, corremos um sério risco de que eles jamais consigam o que conquistamos” ou seja, jamais darão valor ao trabalho, ao esforço, aos sonhos e projetos de vida. Se o governo hoje concede um prato de feijão e um copo com água, amanhã queremos um pedaço de carne, se nos dão o pedaço de carne amanhã queremos um refrigerante, enfim, é natural ao ser humano sempre buscar algo além do que já dispomos; isso é salutar, desde que conquistado com esforço próprio.

Constituído este círculo vicioso, simplesmente esmolando o que devemos conquistar com nosso trabalho, é chegado o momento em que os recursos públicos se exaurem e todo aquele apoio político que os governantes amealharam através de um paternalismo exacerbado e populista e, um projeto irresponsável de poder a qualquer custo se esgota, e, toda aquela legião de apadrinhados se volta contra o padrinho.

Estes governantes irresponsáveis transformaram a pobreza que dignifica, em miséria que destrói, em subserviência, em eternos arrimos, impossibilitando a retomada natural da vida através de seus próprios esforços, do suor do seu rosto na busca da sobrevivência. 

Este governo que se instalou no país conseguiu transformar um projeto social que deveria ser grandioso e humano, em uma forma perversa de cooptação da miséria, buscando o poder pelo poder, transformando os que foram exaltados pelo Euclides da Cunha como “antes de tudo um forte”, após esta humilhação, em, apesar de tudo uns fracos.

Francisco Brito


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