FREUD ANTUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIO BRANCO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIO BRANCO
O Ministério Público do Acre investiga se o ex-deputado e ex-coronel da
PM Hildebrando Pascoal, preso há 12 anos acusado de liderar grupo de
extermínio no Estado, recebe regalias em presídio de segurança máxima.
As suspeitas vieram à tona após divulgação de cartas com ameaças,
supostamente escritas por Hildebrando, a uma procuradora e a uma
desembargadora do Estado. A autoria das cartas apócrifas, enviadas em
novembro passado, está sob apuração.
Segundo o promotor Leandro Steffen, o órgão investigará ainda se o
ex-deputado conta com estrutura de escritório no presídio Antônio Amaro
Alves, em Rio Branco, recebendo jornais e enviando cartas via
auxiliares.
"Informações que tivemos é que ele tinha acesso livre, inclusive
solicita jornais. Parece que está em um escritório", afirmou o promotor.
O governo do Acre nega os privilégios e diz que a legislação permite o envio de correspondências por presos.
"Não existe restrição. Ele recebe material para escrever as cartas e
pode entregá-las para advogado ou familiar postar", disse o
diretor-presidente do Iapen (Instituto de Administração Penitenciária),
Dirceu da Silva.
Hildebrando está internado desde janeiro no Hospital das Clínicas de Rio Branco, com dores nas articulações.
De acordo com a Promotoria, o ex-deputado, conhecido pelo chamado "crime
da motosserra", se recusou a fornecer material para exame grafotécnico
que visa apurar a autoria das cartas.
As correspondências foram enviadas via Sedex para a desembargadora Eva
Evangelista e para a procuradora de Justiça Wanda Nogueira, cunhada de
Hildebrando.
O autor pede R$ 6.000 à procuradora para manter seus filhos e netas. Na
correspondência enviada à desembargadora, afirma ter presenciado
Nogueira entregar a Evangelista gabarito de concurso do Ministério
Público em que a filha da magistrada era candidata. A procuradora e a
desembargadora não comentaram as cartas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será exibido após aprovado pelo moderador. Aceitamos todas as críticas, menos ofensas pessoais sem a devida identificação do autor. Obrigado pela visita.