Agência Senado
Projeto de lei do Senado que proíbe a realização de concurso público
exclusivamente para a formação de cadastro de reserva será examinado
pela CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) na reunião da
próxima quarta-feira (16/5). A proposta, de autoria do ex-senador
Expedito Júnior (PR-RO), foi aprovada na CAS (Comissão de Assuntos
Sociais) e segue para a decisão terminativa da CCJ.
A proposta (PLS 369/2008) obriga a indicação expressa nos editais de
concursos públicos do número de vagas a serem providas. A medida, de
acordo com o projeto, será observada em concursos de provas ou de provas
e títulos no âmbito da administração direta da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios. De acordo com a proposição, tal
cadastro de reserva será permitido somente para candidatos aprovados em
número excedente ao de vagas a serem preenchidas.
Na opinião de Expedito, a realização de concursos públicos sem que
haja qualquer vaga a ser preenchida contraria os princípios da
moralidade, impessoalidade e eficiência ao criar nos candidatos falsas
expectativas de nomeação. O autor lembra a decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal) que determinou a obrigatoriedade de provimento dos
cargos anunciados em edital de concurso público.
No mesmo sentido, o relator do projeto na CCJ, senador Aécio Neves
(PSDB-MG), repudiou a abertura de concurso sem que ocorra necessidade
administrativa demonstrável pela existência de cargos vagos, frisando
que a “insensibilidade e desrespeito” da administração pública trazem
insegurança ao candidato.
“Ainda mais grave é submeter o concursando ao desgaste de um longo
período de preparação, durante o qual incorre em despesas e sacrifícios
pessoais e não raro familiares. Gasta com cursos preparatórios, às vezes
com o abandono do emprego para dedicação integral aos estudos e,
finalmente, com os valores cobrados para poder realizar as provas.
Depois disto tudo, aprovado, passa a viver a expectativa e a incerteza
da admissão ao emprego para o qual se habilitou”, diz o relatório.
Parabéns! Esperamos que ponham fim a este estelionato nos concursos.
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