Os advogados e ex-ministros da Justiça Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias protocolaram documento no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo vista sobre autos do processo do mensalão.
Eles defendem ex-diretores do Banco Rural e assinam a petição com outros dois advogados da instituição.
Os dois alegam que precisam analisar a nova documentação entregue na semana passada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao STF.
Zanone Fraissat - 23.mar.12/Folhapress
Márcio Thomaz Bastos, advogado e ex-ministro da Justiça
Nela, Gurgel afirma que o mensalão foi o maior caso de corrupção da história do país.
O procurador fez um resumo da acusação, relembrou detalhes e elencou documentos relativos a cada réu como perícias, depoimentos e interrogatórios.
Thomaz Bastos e Dias afirmam que a defesa tem o direito à última palavra no caso, tanto verbal quanto escrita. E que, portanto, precisam ter conhecimento do que diz o procurador em sua peça para poder apresentar o contraditório.
O documento foi encaminhado ao ministro Joaquim Barbosa, que vai decidir se eles podem ter acesso aos autos. Caso o pedido seja negado, os defensores ainda podem recorrer ao plenário do Supremo na volta do recesso, na quarta-feira (1º). Se o colegiado atender ao pedido, o início do julgamento pode ser adiado.
Os advogados, porém, negam que a intenção seja o adiamento.
O memorial elaborado por Gurgel foi entregue na última semana aos 11 integrantes do Supremo e, segundo o procurador-geral, visa facilitar o trabalho dos ministros.
O julgamento está marcado para começar na próxima quinta-feira (2) e deve durar pelo menos um mês.
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