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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ministério Público pede cassação de governador e senador do Acre.


Valor

Maíra Magro
Em Brasília
O Ministério Público Eleitoral denuncia "abuso dos meios de comunicação social, do poder político e do poder econômico" quando Tião Viana (foto) e Jorge Viana eram candidatos nas eleições de 2010
O Ministério Público Eleitoral denuncia "abuso dos meios de comunicação social, do poder político e do poder econômico" quando Tião Viana (foto) e Jorge Viana eram candidatos nas eleições de 2010.

O Ministério Público Eleitoral emitiu um parecer pedindo a cassação dos mandatos do governador do Acre, Tião Viana, e de seu irmão, o senador Jorge Viana, ambos do PT. O parecer, assinado pela vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, também pede a cassação do vice-governador do Acre, Cesar Messias, e dos suplentes de Jorge Viana.

O parecer denuncia "abuso dos meios de comunicação social, do poder político e do poder econômico", quando eles eram candidatos durante as eleições de 2010.

Segundo o texto, eles "conduziram a linha editorial dos periódicos de grande circulação e de canais de televisão e rádio locais, fortalecendo suas imagens por meio de matérias jornalísticas repletas de valorações positivas, dirigindo críticas negativas e adjetivos depreciativos aos candidatos da coligação partidária oposta."

Além disso, diz o documento, os candidatos se valeram de "bens, servidores e serviços da administração pública estadual e municipal para a realização da campanha eleitoral", e se apropriaram, "ainda que de forma indireta, dos parcos recursos financeiros da administração pública".

O Ministério Público afirma que candidatos exigiram, de forma "reiterada e insistente, vultosas quantias de dinheiro a empresários que mantêm contratos de prestação de serviços, fornecimento de bens e realização de obras com o Poder Público".

O parecer pede a cassação dos mandatos concluindo que "restou vulnerada a legitimidade e a lisura das eleições, decorrente do uso abusivo dos meios de comunicação social, do abuso de poder político e econômico, capazes de prejudicar a igualdade de oportunidades nas eleições e a livre manifestação da vontade política popular".

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