Do UOL Notícias
Em Brasília
Ideli Salvatti
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou no fim da tarde desta terça-feira (28), em visita ao Senado, que não se furtaria de participar de uma reunião com parlamentares para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de suposta participação na elaboração do dossiê contra o ex-governador de São Paulo, José Serra.
Nesta manhã, o ministro de Ciências e Tecnologia, Aloizio Mercadante, esteve em uma comissão na Casa onde voltou a negar a participação no caso, que ficou conhecido como “o escândalo dos aloprados”. Na ocasião, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), entrou com requerimento pedindo a convocação de Ideli.
“Eu não tive qualquer participação nesse processo, nada, nenhuma. Também não tenho nenhuma dificuldade de prestar qualquer esclarecimento. Estou com muita tranquilidade”, afirmou a ministra.
A ex-senadora petista realiza hoje reuniões no Congresso com os presidentes das duas Casas Legislativas: o senador José Sarney (PMDB-AP) e deputado federal Marco Maia (PT-RS). Mais cedo, ela participou de uma audiência com os líderes da bancada aliada e de um almoço com a presidente Dilma Rousseff e senadores do PDT, PSB e PCdoB.
“Todas as informações que eu recebi são que o ministro Mercadante prestou todos os esclarecimentos, inclusive, ele se saiu muito bem, até porque é um assunto de mais de cinco anos, que não tem nenhum fato novo”, emendou a ministra.
“Queria agradecer de público a defesa que os senadores, principalmente os que conviveram comigo, da minha postura política absolutamente respeitosa e de nunca ter na minha vida pública participado de qualquer processo de montagem de dossiês”, finalizou Ideli.
Entenda o caso
Em setembro de 2006, cerca de R$ 1,7 milhão foram encontrados em um hotel em São Paulo supostamente destinado para a compra do dossiê contra Serra, então candidato ao governo do Estado. As investigações foram arquivadas por falta de provas.
Na ocasião, Mercadante era o candidato do PT ao governo e principal concorrente de Serra. Segundo reportagem da revista “Veja”, além de Mercadante, também estaria envolvida no caso a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Alvaro Dias entrou com pedidos de convite para mais duas pessoas falarem no Senado: a ex-senadora Serys Slhessarenko (MT), também citada em gravações obtidas pela revista, e o bancário petista Expedito Veloso, que afirmou à “Veja” que Mercadante e o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (que morreu em dezembro do ano passado) foram os principais mandantes da ação.
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