CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
Folha.com
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Fragilizado desde a revelação de sua evolução patrimonial, o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, terá hoje nova demonstração de seu isolamento político.
Reunida em Brasília, a Executiva Nacional do PT, seu partido, descartou ontem a hipótese de manifestação em apoio de Palocci. Questionado sobre a hipótese de divulgação de nota em favor do ministro, o presidente do PT, deputado Rui Falcão, disse que o caso não está na pauta do partido.
"O governo tem tratado de forma adequada o caso. Ele [Palocci] também. Não cabe ao PT se manifestar sobre isso."
Secretário de Comunicação do PT, o deputado André Vargas (PR), endossa o argumento de que "essa não é uma questão partidária".
Segundo o secretário-geral do PT, Eloi Pietá, "os fatos importantes da política, e a questão do ministro Palocci é um deles, serão abordados" na análise de conjuntura. Mas não há qualquer texto preparado sobre o assunto.
A omissão do partido é apontada entre petistas como um mau sinal para Palocci. Petistas reclamam do crescimento de patrimônio de Palocci, que, segundo revelou a Folha, foi multiplicado por 20 em quatro anos.
Ainda segundo Pietá, a montagem de outros pontos a serem debatidos na reunião serão: reforma política (com a presença de nossos líderes na Câmara e Senado, e do relator da Comissão de Reforma Política na Câmara), reforma do Estatuto do PT, encaminhamentos relacionados às eleições de 2012.
Presidente do PT de São Paulo, o deputado estadual Edinho Silva chamou de equívoco o "PT fazer coro com a oposição". "O PT tem de sair da defensiva. Se Palocci não fosse importante para o governo Dilma, não seria tão atacado."
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