Blog da Folha.
Por Vera Magalhães.
Folha press
A solução que a presidente Dilma Rousseff der à situação funcional de Luiz Pagot, diretor-geral do Dnit oficialmente em férias, será emblemática de como ela pretende arbitrar as divergências entre os ministros "de Lula" e aqueles que trazem a sua própria chancela.
Desde que estourou a crise no Ministério dos Transportes, a Casa Civil tem informado que, a despeito de estar de férias, Pagot será definitivamente demitido quando voltar.
Quando o diretor deu entrevista a este blog reiterando que tinha saído de férias por orientação da pasta, a assessoria da ministra se apressou em desmenti-lo e em deixar claro que ele seria afastado definitivamente tão logo voltasse.
Começou aí uma série de ameaças do diretor do Dnit, tendo Gleisi e o também ministro Paulo Bernardo (Comunicações) como alvos. Depois, os ânimos foram apaziguados pelo padrinho de Pagot, o senador Blairo Maggi (PR-MT), e ele fez dois depoimentos contidos em comissões do Congresso.
Tão logo mostrou disposição de colaborar, Pagot passou a ser defendido enfaticamente pelo também ministro Gilberto Carvalho, titular da Secretaria Geral da Presidência e o assessor de Dilma mais próximo de Lula.
"Até agora, a única pessoa contra quem não apareceu nenhuma denúncia efetivamente é o Pagot", afirmou ao jornal Valor na sexta-feira, antes da publicação, pela Folha, nesta segunda-feira, de novas revelações envolvendo o diretor do Dnit.
Resta saber como Dilma vai arbitrar a disputa na cozinha do Palácio. As férias de Pagot, a propósito, terminam em 5 de agosto.
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