O tetrapresidente do Senado José Sarney frequenta o noticiário em posição incômoda há três dias. Não parece, porém, incomodado. Ao contrário.
Sarney se diverte com o alarido provocado pela revelação de que usou helicóptero do governo do Maranhão em dois passeios à ilha do Curupu, propriedade familiar.
Brincou com o tema na noite passada, durante jantar em que o PMDB homenageou Dilma Rousseff. Iniciativa do vice-presidente Michel Temer.
O encontro levou ao Palácio do Jaburu mais de uma centena de pessoas. Durou pouco menos de duas horas.
Nesse intervalo, jogou-se conversa fora em várias rodinhas. Numa delas, Sarney contou, entre risos, que recebera um telefonema do senador tucano Aécio Neves (MG).
“O Aécio me disse: ‘Quando precisar de helicóptero, é só me ligar que eu arranjo’.” Abriram-se sorrisos ao redor de Sarney.
Distante, a homenageada Dilma não ouviu. Mas um auxiliar dela, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), testemunhou o chiste.
A governadora Roseana Sarney, que brindou o pai com a cessão do helicóptero, também esteve no jantar.
Saboreou os afagos verbais que Dilma dirigiu a Sarney no rápido discurso pronunciado diante da tribo dos pemedebês.
Servido o jantar, Sarney foi acomodado na mesa principal, ao lado de Dilma. Ali, o senador não se animou a falar de helicópteros.
Escrito por Josias de Souza
Foto: Lula Marques/Folha
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