No PT-SP, qualquer um pode ser candidato. Porém, para disputar qualquer coisa, mesmo um campeonato de cuspe à distância, um petista precisa do apoio de Lula.
Na capital paulista, por exemplo, Marta Suplicy considera-se a “candidata natural” da legenda à prefeitura da capital. Falta-lhe, porém, a concordância do soba.
O ex-soberano proclamou que o candidato será Fernando Haddad. Assim mesmo, na base do vai ou racha. Se preciso, vai rachado.
Neste sábado, o PT iniciou um ciclo de mais de três dezenas de plenárias nas quais os pré-candidatos venderão o seu peixe nos fundões paulistanos.
A coisa começou pelo bairro de São Miguel Paulista. Lá estavam, além de Marta e Haddad, outros três postulantes: Eduardo Suplicy, Carlos Zarattini e Jilmar Tatto.
Os rivais de Haddad defendem a realização de prévias. Para Lula, a prévia que interessa é a opinião dele.
Marta foi a mais aplaudida pelas cerca de 200 pessoas que assistiram às exposições. Instado a comparar o apoio de Lula à “natural” postulação da senadora, Haddad disse:
O Lula “tem acertado ultimamente.” Contou que entrou na refrega porque "houve uma sondagem da parte dele.”
O Senhor da legenda Lula entende que convém "lançar um nome novo”. Haddad topou por considerar a proposta “quase que irresistível."
Quer dizer: ou Marta e os demais coadjuvantes aceitam a tese segundo a qual o PT é um partido na coleira ou terão de vencer Lula antes de triunfar na eleição.
Tudo muito democrático, como se vê.
Escrito por Josias de Souza
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