Após esclarecer que a meia verdade que Carlos Lupi disse sobre ele era o pedaço mentiroso, o dono de ONGs Adair Meira destravou de vez a língua.
Falando ao repórter Leandro Colon, o “providenciador” de aviões Adair disse que o Ministério do Trabalho é um antro de desordem e Lupi um despreparado:
"Aquilo é uma bagunça, tem uma série de problemas. Se o ministro tivesse um mínimo de instrução e qualificação, não passaríamos o que estamos passando no ministério."
Adair, um personagem com quem Lupi jurara não manter “relações”, é dono de três ONGs. Sozinha, uma delas, a Pró-Cerrado, escavou na “bagunça” R$ 13,9 milhões.
Ao varejar os convênios, a CGU detectou irregularidades variadas –de falseamento de metas em cursos de qualificação profissional a desvio de verbas.
O ‘ongueiro’ Adair não se dá por achado: "Se o ministro fosse um pouco mais gestor e a pasta mais qualificada, entenderiam que temos qualidade…”
“…A Controladoria-Geral da União diz que mandou um relatório, que não chegou a nós. Não tem clareza."
Adair acrescenta à falta de clareza uma pitada extra de obscuridade. Declara que, para beliscar convênios na pasta de Lupi, é preciso retribuir. Hummmm!?!
Que tipo de retribuição? “Dividendos políticos”, diz Adair. "Pedem para a gente inaugurar as coisas, esse tipo de dividendo." Hummmmm!?!
Se o que o país assiste no Trabalho não é mais um exemplo de usurpação, este é mais um ministério em que as boas intenções privadas brigam com a moralidade pública.
Nesse tipo de luta, não em erro: o contribuinte entra com a cara. Ou, pior, entra com o bolso.
Escrito por Josias de Souza
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