Advogado de Curitiba denuncia ministro Ari Pargendler ao Conselho Nacional de Justiça.
Folha de São Paulo
VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO
Um advogado de Curitiba (PR) apresentou denúncia ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari Pargendler.
O autor, Arnaldo Oliveira Júnior, encaminhou a representação à corregedora do CNJ, Eliana Calmon, que também é ministra do STJ. Caberá à corregedora decidir se acolhe ou não a denúncia.
Ele pede que Pargendler seja investigado por atuar pela escolha de sua cunhada, a desembargadora Suzana Camargo, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, para uma vaga na corte.
Na denúncia, Oliveira pede que seja apurada "a conduta material" do presidente do STJ "em se manifestar de modo oficial e solene" para "apoiar expressa e ostensivamente" Suzana Camargo.
O advogado sustenta a representação no artigo 37 da Constituição, que diz que "a administração pública obedecerá aos princípios da impessoalidade e moralidade".
Reportagem da Folha em 22 de novembro mostrou que Pargendler fez reuniões com parlamentares para pedir apoio a Suzana, que é a terceira colocada numa lista tríplice para o STJ entregue à presidente Dilma Rousseff.
Pargendler participou, em outubro, de reuniões com a bancada de Mato Grosso do Sul e com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), em que pediu apoio à indicação de Suzana Camargo.
A Folha procurou a assessoria do STJ para se manifestar sobre a representação, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
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