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sábado, 8 de outubro de 2011

Polícia Política: PPS vai pedir para Corregedoria da Câmara investigar Marco Maia e Policarpo.

Polícia Legislativa seria central de arapongas?, questiona líder do PPS 
 Para líder do PPS, uso da Polícia Legislativa para investigar trabalhadores pode configurar abuso de poder e aparelhamento político.

O PPS ingressa na próxima segunda-feira, às 10 horas, com representação da Corregedoria da Câmara pedindo que o órgão apure a denúncia de que o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), ordenou a Polícia Legislativa a inquirir um grupo de sem-terra e líderes comunitários que denunciaram um esquema de compra de votos que seria comandado pelo seu colega de partido, o deputado federal Policarpo (PT-DF). Segundo denúncia da revista Veja, na edição que chega as bancas neste final de semana, agentes legislativos intimaram um sem-terra, um lavador de carros e um vigilante, moradores no município mineiro de Unaí, para “apurar” uma alegada “chantagem” contra o parlamentar do Distrito Federal.

Na avalição do PPS, a situação configura claro desvio de função da Polícia Legislativa, que poderia estar sendo usada politicamente para intimidar o grupo que acusa o deputado Policarpo de compra de votos. “Vamos acionar a Corregedoria de imediato. Não é função da Polícia Legislativa atuar em casos como esse. Se há denúncia de chantagem, o presidente Marco Maia e o próprio deputado Policarpo deveriam ter feito um pedido de investigação ao Ministério Público ou à Polícia Federal, que já vem acompanhando esse processo. Usar a Polícia Legislativa pode configurar abuso de poder e aparelhamento político”, afirma o líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PR).

O parlamentar diz que, se confirmada a denúncia, fica até a dúvida se o PT também não estaria usando a segurança da Câmara para bisbilhotar a oposição. “Se abre aí um clima de desconfiança dentro da Casa. O PT estaria transformando a Polícia Legislativa numa central de arapongas? Quem garante que nós, deputados da oposição e até base do governo, não poderíamos estar sendo alvo de investigações clandestinas da Polícia Legislativa. A Corregedoria precisa investigar isso a fundo para dar tranquilidade aos parlamentares ”, alerta Rubens Bueno.

Se considerar que ouve abuso de poder e quebra de decoro, a Corregedoria pode enviar o caso para o Conselho de Ética sugerindo punição aos deputados Marco Maia e Policarpo. O PPS também estuda tomar medidas judiciais, se for necessário.

O próprio líder do PPS já foi vítima da politização da Polícia Legislativa da Câmara. No dia 18 de maio deste ano seguranças arrancaram das mãos do deputado e das portas das comissões da Casa cartazes de protesto contra a blindagem para evitar a convocação do então ministro da Casa Civil Antonio Palocci. “Desde aquela época estamos alertando para o uso político da Polícia Legislativa”, ressalta.

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