Dia 24 de outubro de 2001, o dia da primeira audiência. Foi aí que o presidente passou a demonstrar que “obrava” com parcialidade e subserviência ao seu caudilho. Vejamos, meu nobre procurador, Dr. João Miguel de Oliveira, questionou o presidente a respeito do que se travava naquela audiência, se uma sindicância ou de um processo disciplinar, solicitando o sobrestamento do feito por 03 dias para que fosse retificada a portaria, pois o procedimento que vinha sendo adotado seguia o rito do processo disciplinar e não da sindicância, sendo que usando das próprias palavra do presidente: “Neste sentido, com o qual comunga este presidente, resolve a Comissão sobrestar o procedimento pelo prazo de 03 dias, a fim de que seja encaminhada a alta administração desta Casa, a proposta ora enfocada”
As folhas 20 o então presidente tenta demonstrar autoridade de presidente, no entanto se contradiz buscando “dedurar” o sindicado ao seu caudilho, o acusando de se negar a depor. Ora, o não depoimento foi fruto do entendimento que o próprio presidente consignou em seu despacho, concordando em alterar o rito processual, e em assim sendo, a nobre advogado entendia que novos procedimentos deveriam ser adotados.
As fls. 21 adveio o puxão de orelha no presidente, como quem diz, eu presido você cumpre ordens, e estranhamente o ofício já juntado às fls. 18 foi reiterado às fls. 22, sinceramente não sei o motivo.
Neste dia, para desespero dos meus algozes, os amigos e colegas do Cadastro Técnico se vestiram de preto e passaram a ostentar uma faixa de apoio a este servidor, nas dependências do Departamento, e, mesmo diante da determinação do então secretário para retirá-la, sua ordem não foi cumprida.
Caro Chico; Você foi verdadeiramente perseguido politicamente por aquele que detinha o Poder da Caneta. Contudo, sua condição de homem justo, honrado e digno, aliada ao seu caráter e vida pública ilibada acabaram por frustrar os desígnios de seus algozes. Período bastante difícil, porém, o BEM prevaleceu sobre o MAL.
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