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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Eu não sou pobre!



“Yo no soy pobre”

“Yo no soy pobre, pobres son los que creen que yo soy pobre.Tengo pocas cosas, es cierto, las mínimas, pero sólo para poder ser rico".

“Quiero tener tiempo para dedicarlo a las cosas que me motivan. Y si tuviera muchas cosas tendría que ocuparme de atenderlas y no podría hacer lo que realmente me gusta. Esa es la verdadera libertad, la austeridad, el consumir poco.

La casa pequeña, para poder dedicar el tiempo a lo que verdaderamente disfruto. Si no, tendría que tener una empleada y ya tendría una interventora dentro de la casa. Y si tengo muchas cosas me tengo que dedicar a cuidarlas para que no me las lleven. No, con tres piecitas me alcanza. Les pasamos la escoba entre la vieja y yo; y ya, se acabó.

Entonces sí tenemos tiempo para lo que realmente nos entusiasma. No somos pobres”

JOSÉ MUJICA PRESIDENTE DE URUGUAY.



Eu não sou pobre!

Pobres são aqueles que acreditam que eu sou pobre. Tenho poucas coisas, são certas, as mínimas, mas apenas para ser rico. Quero ter tempo para dedicá-lo às coisas que me motivam. Se tivesse muitas coisas, teria que me ocupar de resolvê-las e não poderia fazer o que eu realmente gosto. Essa é a verdadeira liberdade, a austeridade, o consumir pouco.

Vivo em uma pequena casa, para poder dedicar tempo ao que verdadeiramente aprecio. Senão, teria que ter uma empregada e já teria uma interventora dentro de casa. Se eu tivesse muitas coisas, teria que me dedicar a cuidar delas, para que não fossem levadas. Não! Com três cômodos é suficiente. Passamos a vassoura, eu e a velha, e já se acabou.

Então, temos tempo para o que realmente nos entusiasma. Verdadeiramente, não somos pobres!

José Mujica — Presidente do Uruguai


terça-feira, 17 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Não é pelo Bispo Rodrigues que Lewandowski diverge de Barbosa, mas por Dirceu e Delúbio.

Ao pegar em lanças pelo ex-deputado Bispo Rodrigues, personagem mequetrefe do mensalão, o ministro Ricardo Lewandowiski abraçou-se a uma tese que aparece nas peças de defesa de alguns protagonistas do processo. Entre eles o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Foi pensando nisso que Joaquim Barbosa, presidente do STF e relator do processo, acusou o colega de patrocinar uma “chicana”.
A exemplo da defesa do Bispo Rodrigues, os advogados de Dirceu e de Delúbio sustentam nos recursos (embargos declaratórios) que protocolaram no Supremo que seus clientes foram prejudicados pelo tribunal na hora da dosimetria, o cálculo das penas. Alegam que o STF aplicou erroneamente uma legislação mais draconiana para crimes que teriam sido cometidos sob a vigência de uma lei mais branda.
A lei usada pelo Supremo é a de número 10.763. Sancionada em 12 de novembro de 2013, ela elevou de oito para 12 anos a pena máxima para os crimes de corrupção ativa e passiva. No caso do Bispo Rodrigues, o Supremo entendeu que o crime foi cometido em 17 de dezembro de 2003. Nesse dia, já sob a vigência da nova lei, o condenado recebeu uma valeriana de R$ 150 mil.
A defesa alega que a corrupção consumara-se bem antes, na campanha eleitoral de 2002, quando foram firmados os acordos que levariam aos pagamentos. Sob o argumento de que Bispo Rodrigues não participara de tais entendimentos, o STF, em decisão unânime, enquadrou-o na lei mais salgada. Lewandowski, que compusera a unanimidade no julgamento do ano passado, agora resolveu guerrear pelo acolhimento do recurso.
Os advogados de Delúbio e de Dirceu também pedem o recálculo das respectivas penas. No caso de Dirceu, alega-se que o próprio Joaquim Barbosa, relator do processo, induziu o plenário do Supremo a erro. Amigos petistas do ex-ministro de Lula chegaram a produzir um vídeo para ironizar o fato (veja lá no rodapé). O pano de fundo é uma reunião de Dirceu com José Carlos Martinez, ex-presidente do PTB. Nesse encontro, acusou a Procuradoria, acertaram-se os valores da propina repassada à legenda do delator Roberto Jefferson.
Martinez morreu em 5 de outubro de 2003. A nova lei anti-corrupção seria aprovada apenas no mês seguinte, em 12 de novembro. Na sessão em que Dirceu foi julgado, o relator Barbosa informou ao colega Marco Aurélio Mello que a morte de Martinez ocorrera em dezembro de 2013. O que levou o tribunal a enquadrá-lo na lei mais gravosa.
Foi contra esse pano de fundo que Lewandowski aderiu à tese da defesa do Bispo Rodrigues, contrapondo-se a Barbosa e à maioria dos colegas. Como diria a rapaziada que encheu as ruas em junho, não foi só pelos vinte centavos. Ou, por outra, não foi pelo Bispo, mas pelos cardeais.
Fonte: Josias de Souza

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Aliados sitiaram Dilma Rousseff no Congresso.

Dilma Rousseff está sitiada no Congresso. Desproporcional como uma baleia na banheira, o blocão partidário do governo trocou a letargia pela irascibilidade. Impacientes, os aliados acumulam tarefas da oposição e mastigam nacos de poder da presidente. Há pelo menos três motivos para acreditar que Dilma não terá um resto de mandato confortável no Legislativo:
1) A Câmara deflagrou o processo que obrigará o governo a pagar as emendas que os congressistas enfiam dentro do Orçamento da União. Coisa de R$ 10,4 milhões anuais para cada um –sem discriminar a oposição. Com isso, retira-se das mãos de Dilma a prerrogativa de bloquear as verbas para depois distribui-las num conta-gotas condicionado à subserviência de quem recebe.
2) Antes do recesso de julho, deputados e senadores já haviam aprovado outro projeto redentor. Prevê que os vetos presidenciais terão de ser apreciados pelo Congresso em 30 dias. Lacrou-se a gaveta na qual os presidentes do Senado guardavam vetos por mais de uma década. Devolveu-se ao Legislativo a palavra final no processo de elaboração das leis.
3) Juntando-se as emendas impositivas ao novo rito dos vetos, chega-se a um modelo que conspira contra a anomalia que permite ao inquilino do Planalto governar por medida provisória. Desde a presidência de José Sarney a coisa vinha funcionando assim: o Planalto edita suas MPs, serve rações regulares de verbas e cargos, e vende ao público a pantomima da governabilidade. Para eventuais surpresas, os vetos. Que jamais eram apreciados.
Em teoria, a revolta da baleia governista contra sua tratadora é algo alvissareiro. Obriga Dilma a fazer política, não politicagem. E permite sonhar com a volta do tempo em que o analista político era obrigado a fazer meia dúzia de raciocínios transcendentes. Tempo em que era preciso decidir entre o pragmatismo do PSDB e o puritanismo do ex-PT, entre a ética da responsabilidade e a ética da convicção.
De repente, a coisa ficou simples demais. Gente como Karl Marx e Max Weber tornou-se descartável. Falidas as ideologias, o templo da política consolidou-se como uma congregação de homens de bens. Tudo no Congresso passou a subordinar-se à lógica do negócio, inclusive os escrúpulos.
Chegando ao poder, o PT nivelou-se aos outros, eliminando a pseudodiferença. Todos se irmanaram na abjeção. A integridade dos ovos perdeu valor. Passou a importar apenas o proveito da omelete. Depois do mensalão, já nem era preciso varrer as cascas para debaixo do tapete. Generalizou-se a desfaçatez.
A repentida perda de popularidade de Dilma despertou no blocão governista um instinto de vingança. Os aliados querem arrancar na marra aquilo que a sucessora de Lula lhes sonegou. A investida do PMDB contra o governo pode ser entendida como uma certa impaciência do condomínio governista com a incompetência do PSDB na função. É como se Eduardo Cunha, o líder do PMDB, gritasse: “Será que eu tenho que fazer tudo nessa bodega?”
Fonte: Josias de Souza

quarta-feira, 24 de julho de 2013

TCE multa ex-secretário de Obras de Guarulhos.

Tribunal aponta irregularidades em licitação com empresa Scopus.
dg Da Redação
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu multar em R$ 15.496 mil o ex-secretário de Obras de Guarulhos,  João Marques Luiz Neto, por irregularidades em contrato com a construtora Scopus.
Na nota divulgada pela Câmara, nesta segunda-feira (22), o TCE sustenta terem ocorrido infrações à legislação vigente na licitação, bem como dano ao erário público.
O contrato entre a Prefeitura e a empresa foi fechado no dia 28 de abril de 2008, no valor de R$ 12 milhões.
O objetivo era a contrução de 240 unidades habitacionais na Cidade Jardim Cumbica 2.
A Prefeitura entrou com recurso contra a medida, mas teve o pedido negado. A punição foi mantida pelo TCE que, agora, estipulou a multa. Um prazo de 30 dias foi estipulado para o pagamento.
Esta não é a primeira vez que o ex-secretário de Obras é multado. Em março de 2012, ele também foi multado em R$ 5.532 mil, junto com o ex-presidente da Proguaru, Artur Pereira Cunha.
O motivo também foram irregularidades num contrato com a empresa Santa Bárbara Engenharia S/A, licitada  para o projeto de construção do Hospital dos Pimentas.
A Prefeitura não se pronunciou a respeito do tema, até o fechamento desta edição. Da Redação
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu multar em R$ 15.496 mil o ex-secretário de Obras de Guarulhos,  João Marques Luiz Neto, por irregularidades em contrato com a construtora Scopus.
Na nota divulgada pela Câmara, nesta segunda-feira (22), o TCE sustenta terem ocorrido infrações à legislação vigente na licitação, bem como dano ao erário público.
O contrato entre a Prefeitura e a empresa foi fechado no dia 28 de abril de 2008, no valor de R$ 12 milhões.
O objetivo era a contrução de 240 unidades habitacionais na Cidade Jardim Cumbica 2.
A Prefeitura entrou com recurso contra a medida, mas teve o pedido negado. A punição foi mantida pelo TCE que, agora, estipulou a multa. Um prazo de 30 dias foi estipulado para o pagamento.
Esta não é a primeira vez que o ex-secretário de Obras é multado. Em março de 2012, ele também foi multado em R$ 5.532 mil, junto com o ex-presidente da Proguaru, Artur Pereira Cunha.
O motivo também foram irregularidades num contrato com a empresa Santa Bárbara Engenharia S/A, licitada  para o projeto de construção do Hospital dos Pimentas.
A Prefeitura não se pronunciou a respeito do tema, até o fechamento desta edição.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

As diferenças: a rapaziada é #, a pelegada é $.

Excluídas das passeatas de junho, as centrais sindicais e seus penduricalhos (UNE, MST, PT, PCdoB, PDT e etcétera) organizaram o seu próprio ‘Dia Nacional de Luta’. Isso foi ótimo. Ajudou a explicar por que a rapaziada refugou a ‘solidariedade’ da pelegada partidário-sindical. São muitas as diferenças entre os dois movimentos. A principal delas é a forma como os dois grupos se relacionam com os cofres públicos. Um entra com o bolso. Outro usufrui. Vai abaixo uma tentativa de distinguir o novo do antigo:
A rapaziada é #. A pelegada é $.
A rapaziada é o bolso. A pelegada é imposto sindical.
A rapaziada é coxinha. A pelegada é pastel-de-vento.
A rapaziada é sacolejo. A pelegada é tremelique.
A rapaziada é YouTube. A pelegada é videoteipe.
A rapaziada é Facebook. A pelegada é assembléia.
A rapaziada é máscara de vingador. A pelegada é cara de pau.
A rapaziada é viral. A pelegada é bactéria.
A rapaziada é chapa quente. A pelegada é chapa branca.
A rapaziada é sociedade civil. A pelegada é sociedade organizada.
A rapaziada é banco de praça. A pelegada é BNDES.
A rapaziada é a corrida. A pelegada é o taxímetro.
A rapaziada é asfalto. A pelegada é carro de som.
A rapaziada é horizonte. A pelegada é labirinto.
A rapaziada é fumaça. A pelegada é cheiro de queimado.
A rapaziada é explosão. A pelegada é flatulência.
A rapaziada é o público. A pelegada é a coisa pública.
A rapaziada é combustão espontânea. A pelegada é ignição eletrônica.
A rapaziada é luz no fim do túnel. A pelegada é beco sem saída.
A rapaziada é pressão popular. A pelegada é lobby.
A rapaziada é farinha pouca. A pelegada é meu pirão primeiro.
A rapaziada é terra em transe. A pelegada é cinema novo-velho.
A rapaziada é o desejo de futuro. A pelegada é o destino-pastelão.
A rapaziada é namoro. A pelegada é tédio conjugal.
A rapaziada é grito. A pelegada é resmungo.
A rapaziada é algaravia. A pelegada é palavra de ordem.
A rapaziada é poesia. A pelegada é pedra no caminho.
A rapaziada é dúvida. A pelegada é óbvio ululante.
A rapaziada é Fora Renan. A pelegada é o bigode do Sarney.
A rapaziada é abaixo a corrupção. A pelegada é a perspectiva de inquérito.
A rapaziada é mistério. A pelegada é indício.
A rapaziada é a alma do negócio. A pelegada é o segredo.
A rapaziada é novidade. A pelegada é o mesmo.
A rapaziada é anormalidade. A pelegada é vida normal.
A rapaziada é impessoal. A pelegada é departamento de pessoal.
A rapaziada é decifra-me. A pelegada é devoro-te.

Transformaram nossa gente em fracos.




Refletindo um pouco a respeito da situação em que caminha o Brasil, em princípio, achava preconceituosa algumas posições exaltadas, especialmente nas redes sociais a respeito dos “bolsas da vida”, contudo,   com o agravamento da situação do país e o desenrolar das manifestações populares chegamos a seguinte conclusão: o governo conseguiu contrariar uma máxima popular da qual todos os pais e mães procuram evitar na educação dos filhos, ou seja, banalizar a proteção, especialmente na concessão de bens,  “quando damos aos nossos filhos, em termos materiais, tudo aquilo que não tivemos, corremos um sério risco de que eles jamais consigam o que conquistamos” ou seja, jamais darão valor ao trabalho, ao esforço, aos sonhos e projetos de vida. Se o governo hoje concede um prato de feijão e um copo com água, amanhã queremos um pedaço de carne, se nos dão o pedaço de carne amanhã queremos um refrigerante, enfim, é natural ao ser humano sempre buscar algo além do que já dispomos; isso é salutar, desde que conquistado com esforço próprio.

Constituído este círculo vicioso, simplesmente esmolando o que devemos conquistar com nosso trabalho, é chegado o momento em que os recursos públicos se exaurem e todo aquele apoio político que os governantes amealharam através de um paternalismo exacerbado e populista e, um projeto irresponsável de poder a qualquer custo se esgota, e, toda aquela legião de apadrinhados se volta contra o padrinho.

Estes governantes irresponsáveis transformaram a pobreza que dignifica, em miséria que destrói, em subserviência, em eternos arrimos, impossibilitando a retomada natural da vida através de seus próprios esforços, do suor do seu rosto na busca da sobrevivência. 

Este governo que se instalou no país conseguiu transformar um projeto social que deveria ser grandioso e humano, em uma forma perversa de cooptação da miséria, buscando o poder pelo poder, transformando os que foram exaltados pelo Euclides da Cunha como “antes de tudo um forte”, após esta humilhação, em, apesar de tudo uns fracos.

Francisco Brito


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mais um servidor(a) reintegrado(a) por demissão ilegal ou irregular 10 anos depois.

PORTARIA Nº 2233/2013-GP
SEBASTIÃO ALMEIDA, Prefeito da Cidade de Guarulhos, no uso de suas atribuições legais, Considerando o disposto no artigo 63, incisos IX e XIV da Lei Orgânica do Município e o que consta do processo nº 42.010/2003,
 
REINTEGRA a contar de 05.07.2013, ao serviço público municipal, a ex-servidora Marisa Sampaio Ferreira (código 19182), Auxiliar em Saúde (Enfermagem) (5832-1492), em vaga criada pela Lei Municipal nº 6.745/2010.



 

 
 

domingo, 23 de junho de 2013

'Querem faturar com protestos', diz Marina Silva


DIÓGENES CAMPANHA

DE SÃO PAULO


Enquanto conversava com a Folha por telefone, na quinta-feira passada, a ex-ministra Marina Silva acompanhou, pela TV, as imagens da manifestação que transcorria em Brasília naquela noite: "Meu Deus, a polícia está batendo nas pessoas. Deve estar cheio de gente que eu conheço", afirmou.

Ela disse que se colocava no lugar das mães "desses meninos". Jovens que, segundo ela, colocaram em prática um "ativismo autoral" sobre o qual vem falando "há mais de três anos", e que é uma das bandeiras da "Rede Sustentabilidade", partido que tenta criar para voltar a disputar a Presidência em 2014.

Marina Silva em ato que celebrou as 500 mil assinaturas para criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade
Marina Silva em ato que celebrou as 500 mil assinaturas para criação de seu partido, a Rede Sustentabilidade

Veja trechos da entrevista.
*
Folha - A sra. vem falando sobre um "ativismo autoral" presente nas manifestações. Sente-se satisfeita com elas?

Marina Silva - Isso é tão grande que seria pretensioso [dizer isso]. Falando com você, estou emocionada. Poxa vida, eu queria muito que o Chico Mendes estivesse vivo, ele entenderia como ninguém o que estou sentindo agora, de poder ter pensado nisso [antes]. E uma demanda que eu vejo oculta é a de um realinhamento político por uma agenda para o Brasil. Parar de o PT querer governar sozinho pegando o que há de pior no PMDB, e a mesma coisa o PSDB. Se continuar no mesmo discurso, vamos continuar indignos dessas manifestações.

O que achou de partidos terem se manifestado após a revogação dos reajustes das tarifas, capitalizando os resultados?

É difícil falar. Me desculpe, mas é ridículo. Você tem a água cavando seu leito na terra e, quando ela transborda depois desse esforço, vê aqueles que querem surfar na onda. Não entenderam nada, não aprenderam nada.

A Rede, que divulgou comunicado dizendo que seus ativistas continuarão "presentes nessas horas", também não pode ser criticada?

Podem até dizer, porque o movimento é tão grande que as pessoas não têm a obrigação de saber que estamos nisso desde sempre. Não registrar que foi uma vitória seria injusto com os milhares e milhares da Rede. A gente nunca levou camisa, bandeira. Todo mundo da Rede que está aí legitimamente opera nessas manifestações, mas ela é multicêntrica. Se você vir as velhas bandeiras querendo surfar, faturar, a Rede é completamente diferente.

Qual acredita ser o seu papel diante desse movimento?

Meu papel é de mais um. A água que cava seu leito faz isso se misturando com a terra. Eu sou mais um nessa mistura de água e terra.

Mas também é uma liderança carismática capaz de juntar pessoas em torno de uma causa, inclusive a de poder voltar a disputar a Presidência...

Tenho dito que quero usar meu carisma para convencer as pessoas de que não dependam do carisma, que não acreditem que tem salvadores da pátria. A pátria é uma construção de todos nós.

A Rede defende a quebra do monopólio dos partidos na política. Não é contraditório formar um partido?

A Rede é um cavalo de Troia. Estamos antecipando o que seria essa nova institucionalidade política. Em vez de ser um partido para que os movimentos fiquem a serviço dele, somos um partido a serviço desses movimentos.

Como a Rede pode atrair esses movimentos, já que causas ambientais não aparecem com veemência nos protestos?

É um erro querer instrumentalizar esse movimento. Seria contraditório com tudo o que tenho dito. A juventude não é atraída por ninguém. Ela é que se atrai e acha ridículo pessoas cheias de cacoetes querendo parecer com eles. Aqueles que têm mais experiência, em lugar de quererem ser donos da ação, deveriam se colocar no lugar de mantenedores de utopias.

Que similaridades vê entre a Rede e esses movimentos?

A Rede tenta ajudar com a atualização do processo político. Nosso esforço está sendo tolhido agora no Congresso. Em vez de os partidos se repensarem, tentam nos sufocar. É muito difícil, porque a característica da estagnação é que as pessoas não veem que estão na estagnação.

A votação do projeto que inibe novos partidos pode ser protelada no Senado, para não dar tempo de questionamento de sua constitucionalidade?

É uma injustiça, mas espero que comecem a entender que o país está mudando. A democracia não é um valor pra ser usado quando algo me beneficia. A base do governo está fazendo com a gente o que tentaram fazer com o PT e a gente reclamava tanto.

Tão importante quanto partidos são as pessoas!

Promotoria investiga fraudes em empresas de ônibus de São Paulo.

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO


Empresas com prejuízo no balanço, mas com proprietários que fazem movimentações milionárias. Essa situação ocorre com companhias de ônibus de São Paulo, segundo o Ministério Público.

Uma investigação aponta que esse paradoxo é resultado de desvios de recursos pelos donos das empresas, troca de ônibus novos por velhos e venda de linhas que não poderiam ser negociadas porque são uma concessão da Prefeitura de São Paulo.


Relatórios do Coaf, órgão do Ministério da Fazenda que apura lavagem de dinheiro, encontrou "movimentações atípicas" em dinheiro vivo desses empresários.

Um relatório sigiloso obtido pela Folha cita que a empresa Happy Play, que não tem um único ônibus, mas integra consórcio, recebeu R$ 4,8 milhões em depósitos em dinheiro num único ano.

Por causa dessas movimentações, as empresas e seus donos tiveram seus bens bloqueados pela Justiça, mas depois a medida foi cassada.

Um empresário investigado comprou 11 imóveis em condições que o Ministério Público classifica de irreais: sete deles foram financiados pela incorporadora do empreendimento. 

Quem financia esse tipo de negócio, em geral, é banco, não a incorporadora.

Há ainda suspeitas de que os empresários criaram um cipoal de empresas para esconder patrimônio e evitar perdas em ações judiciais.

Nas manifestações do MPL (Movimento Passe Livre), os empresários eram chamados de "tubarões" do transporte.

O advogado das empresas, Paulo Iasz de Morais, diz que as acusações são infundadas.
O foco da apuração é o Consórcio Leste 4, que atua na zona leste, onde se concentra o serviço de pior qualidade na cidade, segundo a SPTrans, que gerencia o sistema público de transporte.

O consórcio ganhou em 2007 concessão de R$ 1,6 bilhão para transportar 500 mil passageiros por dia.

Três empresas do consórcio estão sob investigação: além da Happy Play, a Novo Horizonte e a Himalaia, rebatizada de Ambiental depois que o maior empresário de ônibus de São Paulo, José Ruas Paz, entrou como sócio.

É também na zona leste que ocorrem as pressões mais fortes das empresas por aumentos no valor da tarifa pago pela prefeitura. A alegação é que as linhas da região são deficitárias.
Uma das empresas, a Himalaia, cobra na Justiça R$ 14,5 milhões da prefeitura por supostos prejuízos.


Foi essa empresa que, segundo a investigação, vendeu linhas e 136 ônibus em 2011 e comprou o que um funcionário da SPTrans chamou de "cacarecos". A oferta teria sido anunciada no site de leilões Mercado Livre.

A existência de serviços de baixa qualidade nessa região não é ocasional, segundo o promotor Saad Mazloum, que iniciou essas investigações em 2008 a partir de reclamações de passageiros.

"As empresas dizem que não têm recursos para melhorar a qualidade, mas, pelas provas que juntei, não há dúvidas de que houve desvio para os empresários."

O promotor também achou repasse de dinheiro entre empresas do mesmo grupo que podem caracterizar desvios de recursos, segundo ele.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Presidente da Câmara de Guarulhos é multado pelo TCE/SP.

Vereadores ignoram parecer contrário de TCE e aprovam contas de Almeida.


Apesar de parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado, que encontrou uma série de irregularidades, os vereadores aprovaram as contas do prefeito Sebastião Almeida (PT) de 2009.

A Câmara Municipal de Guarulhos deu, nesta quinta-feira, mais uma demonstração da submissão em relação ao Executivo. Apesar do TCE fazer mais de 15 apontamentos sobre irregularidades nas prestações de contas do prefeito Sebastião Almeida, referentes ao exercício de 2009, a maioria dos vereadores votou favoravelmente à aprovação.

Apenas os vereadores da Oposição, como Guti (PV), Romildo Santos (PSDB) e Gilvan Passos (PSDB) fizeram uso da tribuna para demonstrar a irresponsabilidade da Casa em aprovar as contas consideradas irregulares. No entanto, seguindo a orientação do líder da situação, Samuel Vasconcelos (PT), a maioria dos parlamentares - que estão a serviço do prefeito - decidiu pela aprovação.


A maior parte das irregularidades apontadas pelo TCE se referem à má utilização dos recursos na área da Educação. Segundo o órgão, que tem independência política, um dos maiores problemas foi a não utilização dos 25% do Orçamento em Educação, conforme é exigido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. Romildo Santos, diante das irregularidades apontadas, defendeu inclusive que fosse aberta uma Comissão Especial de Inquérito para apurar possíveis desvios na Educação. "O Tribunal desaprovou porque muita gente recebeu verbas provavelmente para fazer campanha política. Muita ONG, que eu conheço, aparece com muito dinheiro aí. Tem muita coisa errada", denunciou.

Fonte: GUARULHOSWEB

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ir. Ananília - Iolanda Gomes de Assis


Uma vida de renuncia a riqueza e dedicação aos jovens e aos pobres.

Conheci a Ir. Ananilia no inicio da década de setenta frequentando o Colégio Santa Terezinha em Caicó/RN juntamente com os internos da Casa do Estudante, buscando um espaço para jogarmos nosso futebol ou voleibol. O fato de o Colégio dispor de internato exclusivamente feminino acabava prevalecendo o voleibol, o que era muito prazeroso para nós disputarmos com as garotas e até montarmos times mistos. Depois passei a participar do grupo de teatro incentivado pela mesma, o que foi muito importante na minha formação pessoal e profissional.

Ir. Ananilia era professora de educação física, fazia teatro e, sempre pedalando sua bicicleta se identificava com os jovens apesar de seus já 40 anos. Sua forma de vida na época chamava a atenção, especialmente por tratar-se de uma freira, porém, sempre nos deixava transparecer que aquelas formalidades da religião não a impedia viver uma vida normal, sempre orientando e, especialmente, dando bons exemplos, o que aumentava o respeito pela mesma. Não existiam barreiras que a afastasse dos jovens, discutia tudo, sempre tinha um ensinamento para nos passar e uma lição de vida para nos transmitir. Viajávamos em excursões com frequência para as cidades vizinhas e os sítios, porém, o respeito e a obediência sempre norteavam nossos comportamentos e nossos relacionamentos.

Hoje, após 40 anos voltei a reencontrar esta maravilhosa criatura, agora com uma missão diferente, porém muito mais nobre, a defesa dos pobres, dos necessitados, dos desvalidos, sem se preocupar com sua forma de vida, seu grau de periculosidade ou com a sua vida pregressa. Recebe todos em sua casa que denominou de “Casa do Pobre”, crianças, jovens necessitados, bêbados, drogados, enfim, quem bate a sua porta em busca de um prato de comida ou mesmo de uma orientação, de um conforto, de uma palavra de apoio.

Renunciou a riqueza do seu berço para viver na simplicidade, fazendo caridade e ajudando aos que necessita, transformando tudo que recebe; e graças a sua seriedade e dedicação é bastante para alimentar diariamente 150 pessoas entre todos estes descritos acima, apoiar crianças pobres e jovens carentes que procuram um apoio para seguir seus estudos.

Irmã Ananilia é uma destas poucas pessoas que vem ao mundo com uma missão, demonstrar que nem tudo está perdido, que a humanidade tem jeito. Em sua simplicidade não há lugar para a soberba, para arrogância e para a ambição pessoal, mas para o amor ao próximo sem se preocupar com o dia de amanha, vive o hoje, e para ela, cada dia que se inicia muito cedo e que acaba muito tarde consiste a vitória diária de haver amenizado o sofrimento daqueles que a procura.

Caso queiram ajudar a sua obra, segue os dados bancários de sua simples instituição, porém legalizada e que além dos voluntários mantém 7 (sete) funcionários devidamente registrados e com todas as obrigações trabalhistas em dia.

“Casa do Pobre”
Banco do Brasil
Agencia: 0361-1
Conta Corrente: 9.104-9
Currais Novos/RN
Não importa o valor!


Francisco Brito












sábado, 25 de maio de 2013

Caixa alterou Bolsa Família na véspera de boato sobre programa.

AGUIRRE TALENTO
DE FORTALEZA
DANIEL CARVALHO
DE SÃO PAULO

Um dia antes do início dos boatos que causaram filas e tumultos em 13 Estados brasileiros, a Caixa Econômica Federal alterou, sem aviso prévio, todo o calendário de pagamento do Bolsa Família.

Todos os benefícios, em um total de R$ 2 bilhões, foram liberados de uma só vez nas contas das 13,8 milhões famílias atendidas.


A informação, confirmada pela Caixa ontem, contraria a versão que o banco estatal vinha divulgando desde o início do caso.

A liberação de todos os benefícios se deu na sexta-feira da semana passada, dia 17. No dia seguinte, movidas por boatos sobre o fim do programa e um suposto pagamento extra pelo Dia das Mães, entre outros, milhares de pessoas foram a agências para sacar o benefício.

O tumulto -que incluiu depredação de caixas eletrônicos- levou petistas a acusar a oposição de estar por trás dos boatos sobre o fim do programa.

Polícia foi chamada para conter tumulto na agência da Caixa de Queimados (RJ) provocado por boato sobre Bolsa Família.

MUDANÇA
Segundo a regra oficial, o pagamento do Bolsa Família é feito de forma escalonada, seguindo a ordem do último número no cartão. Em maio, por exemplo, aqueles com cartão de final "1" receberiam o pagamento a partir do dia 17, e, assim por diante, até os com o final "0", no dia 31.

Folha descobriu essa mudança no calendário, negada durante toda a semana pela Caixa, por meio de uma dona de casa da região metropolitana de Fortaleza.

Diana dos Santos, 34, do município de Caucaia, apresentou à reportagem comprovante do saque do benefício na sexta-feira, o que mostra a antecipação do pagamento em 12 dias.
"Recebo Bolsa Família há anos e nunca pagaram antecipado. Aí achei estranho, mas fiquei feliz e peguei o dinheiro. Acho que outras pessoas também conseguiram receber antecipado, foram avisando aos conhecidos e virou essa confusão", disse.

Confrontada pela Folha a Caixa mudou a versão oficial. Afirmou que, por causa de ações em busca de "melhorias no Cadastro de Informações Sociais", o banco "optou por permitir o saque pelos beneficiários independentemente do calendário individual" na sexta-feira, dia 17.
A Caixa disse que antecipou o benefício em outras ocasiões, como em calamidades, e disse que não informou os beneficiários sobre essa antecipação do pagamento.

Carro-chefe social da gestão petista, o Bolsa Família tem orçamento anual de R$ 23,95 bilhões. Cada família recebe R$ 151,09 em média.

Ainda no domingo, o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família, divulgou nota para negar o fim do programa e afirmar que o calendário de pagamentos estava mantido.

No dia seguinte, a presidente Dilma Rousseff chamou de "criminoso" e "desumano" o responsável pelos boatos. Dois dias depois, o ex-presidente Lula associou a boataria a "gente do mal".

Após ordem do governo, a Polícia Federal começou a investigar a história. Entre os casos investigados, estão o de pessoas que dizem ter recebido ligações com gravação eletrônica falando sobre o fim do programa.