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sexta-feira, 2 de março de 2012

Promotoria investiga regalias a Hildebrando Pascoal em presídio.

FREUD ANTUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIO BRANCO
 

 

O Ministério Público do Acre investiga se o ex-deputado e ex-coronel da PM Hildebrando Pascoal, preso há 12 anos acusado de liderar grupo de extermínio no Estado, recebe regalias em presídio de segurança máxima. 

As suspeitas vieram à tona após divulgação de cartas com ameaças, supostamente escritas por Hildebrando, a uma procuradora e a uma desembargadora do Estado. A autoria das cartas apócrifas, enviadas em novembro passado, está sob apuração. 

Segundo o promotor Leandro Steffen, o órgão investigará ainda se o ex-deputado conta com estrutura de escritório no presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, recebendo jornais e enviando cartas via auxiliares. 

"Informações que tivemos é que ele tinha acesso livre, inclusive solicita jornais. Parece que está em um escritório", afirmou o promotor. 

O governo do Acre nega os privilégios e diz que a legislação permite o envio de correspondências por presos. 

"Não existe restrição. Ele recebe material para escrever as cartas e pode entregá-las para advogado ou familiar postar", disse o diretor-presidente do Iapen (Instituto de Administração Penitenciária), Dirceu da Silva. 

Hildebrando está internado desde janeiro no Hospital das Clínicas de Rio Branco, com dores nas articulações. 

De acordo com a Promotoria, o ex-deputado, conhecido pelo chamado "crime da motosserra", se recusou a fornecer material para exame grafotécnico que visa apurar a autoria das cartas. 

As correspondências foram enviadas via Sedex para a desembargadora Eva Evangelista e para a procuradora de Justiça Wanda Nogueira, cunhada de Hildebrando. 

O autor pede R$ 6.000 à procuradora para manter seus filhos e netas. Na correspondência enviada à desembargadora, afirma ter presenciado Nogueira entregar a Evangelista gabarito de concurso do Ministério Público em que a filha da magistrada era candidata. A procuradora e a desembargadora não comentaram as cartas.

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