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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lula: ‘Desgraçou tudo; Os hômi tão ficando nervoso’

Lula conduz a campanha de Dilma Rousseff como se andasse de bicicleta. Foi à calçada um ano e meio antes do tempo. Se parar agora, cai. Por isso, Lula observa os críticos que se aglomeram ao redor com olhos de desprezo. O presidente do STF chiou? Ah, o Gilmar Mendes! As legendas de oposição foram ao TSE? Querem respeito à lei?. Ah, os tucanos e os demos! Leis, ora as leis! Nesta quarta (21), o presidente foi pedalar em Minas, Estado do grão-tucano Aécio ‘Pós-Lula’ Neves. Levou na garupa, como sói, Dilma Rousseff. Lançou um programa de internet gratuita num comício em Belo Horizonte. Discursou. Assista a um pedaço lá no alto. A alturas tantas, disse: “Qualquer outro presidente, se não fizesse nada, ninguém cobrava, por que são tudo da mesma laia...” “...Quando chega um metalúrgico [...], se ele não dá certo, coloca uma cangáia no pescoço dele e a classe trabalhadora nunca mais iria eleger um presidente”. Expressando-se em lulês, uma língua que lhe tem rendido fabulosos índices de popularidade, Lula acrescentou: “[...] Agora desgraçou tudo. Porque agora os hômi tão ficando nervoso porque nós tamo inaugurando obra”. Mais adiante, destilou ironia: “Eu só peço calma. Calma, que nos ainda nem começamos a inaugurar o que nos temos para inaugurar nesse país...” “...Tem muita coisa pra acontecer e tem muita coisa que nós vamos fazer ainda pra frente...” “...Aguardem porque nós aprendemos a fazer as coisas nesse país e esse país nunca mais voltará a ser o país pensado da forma pequena que eles pensavam esse país”. Depois, Lula discursou num pa©lanque armado em Ouro Preto. Ali, pedalou a liberação de verbas do PAC para um plano de recuperação de cidades históricas. Nesse pedaço do trajeto, tinha do seu lado, além de Dilma, Aécio. Ao discursar, deu “parabéns à companheira Dilma”, mãe do PAC. Na platéia, duas claques. Uma pró-Dilma. Outra pró-Aécio. Era a antecipação da campanha em carne e osso. Lula saboreia o nervosismo dos rivais com a disposição de quem já aprendeu: numa disputa presidencial, só há dois tipos de personagens. Há os que atropelam e os que são atropelados. O caminho é mais suave para os que se equilibram sobre rodas 100% financiadas pelo déficit.
Escrito por Josias de Souza às 03h29

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