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sábado, 17 de outubro de 2009

Lina diz ter achado a agenda da ‘reunião’ com Dilma.

Fotos: Folha
Lembra-se de Lina Vieira? A ex-leoa está de volta. É portadora de más notícias para a ministra-candidata Dilma Rousseff. A ex-secretária da Receita diz ter encontrado a agenda na qual anotara a data do encontro que mantivera com Dilma. Teria ocorrido em 9 de outubro de 2008. Nessa página, a agenda de Lina traz a seguinte anotação: "Dar retorno à ministra sobre família Sarney". Deve-se a revelação da novidade ao repórter Alexandre Oltramari. Relatou-a nas páginas de Veja. Para recordar: em entrevista à Folha, Lina dissera, em agosto passado, que Dilma a convocara para uma reunião no Planalto. No encontro, a chefe da Casa Civil pedira para “apressar” uma auditoria em que o fisco perscrutava os negócios de Fernando Sarney. Vem a ser o filho do presidente do Senado, responsável pela gerência das empresas da família do senador José Sarney. Dilma negou ter feito o pedido. Expoentes do governo pespegaram em Lina a incômoda pecha de “mentirosa”. Tomada pela entrevista e pelo depoimento do Senado, a ex-leoa ficou em posição frágil. Embora soasse peremptória no principal, foi vaga nos detalhes. Instada a informar o dia em que o encontro ocorrera, dissera que não se lembrava. Talvez em dezembro do ano passado. Perguntada sobre a agenda, informara que havia sido empacotada junto com a mudança que despachara de Brasília para Natal, a cidade onde mora. A pretexto de sepultar a polêmica, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado, trouxe à luz um conjunto de datas. Nas pegadas do depoimento de Lina aos senadores, Jucá informara que ela estivera em palácio quatro vezes: outubro de 2008 e janeiro, fevereiro e maio de 2009. Nada de dezembro de 2008, como insinuara a ex-secretária da Receita. Admitindo-se como verdadeira a anotação da agenda agora retirada do baú, Jucá corrobora Lina. O mês de outubro de 2008, mencionado pelo senador, é o mesmo que aparece na agenda da suposta mentirosa. Com razão, Dilma e os governistas hão de perguntar: quem garante que a anotação da agenda, feita a mão por Lina, não é coisa de agora? Procurada em Natal, Lina disse que a refrega verbal com Dilma lhe trouxe transtornos pessoais e familiares. Não deseja alimentar a polêmica pelo noticiário. "Agora eu só falo sobre esse assunto ao Ministério Público, caso seja convocada", ela acrescentou. A julgar pelo que disse aos amigos, Lina disporia de dados adicionais, além da agenda. Alega que, chamada às pressas por Dilma, teve de desmascar uma viagem de Brasília para São Paulo. Marcado para o período da manhã, o bilhete foi remarcado para as 19h30 de 9 de outubro. Coisa passível de compravação. De resto, a ex-secretária guardaria consigo um CD. Conteria todas as mensagens eletrônicas que trocou com seus assessores nos seus 11 meses de leoa. Insinua que há em algumas das mensagens referências aos Sarney, o suposto alvo do pedido da ministra. Resta agora saber se o Ministério Público tem interesse em revolver a querela. Escrito por Josias de Souza às 05h55

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