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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Esquema de Cachoeira movimentou mais de R$ 84 bilhões em dez anos, segundo relator da CPI.

r7

Ivan Richard e Iolando Lourenço
Da Agência Brasil

Carlinhos Cachoeira (à direita) deixa o prédio da Justiça do Distrito Federal, em Brasília, após prestar depoimento em 29 de agosto
Carlinhos Cachoeira (à direita) deixa o prédio da Justiça do Distrito Federal, em Brasília, após prestar depoimento em 29 de agosto


A organização criminosa chefiada pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, movimentou nos últimos dez anos mais de R$ 84 bilhões. Os dados constam do parecer que será apresentado pelo relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG).
De acordo com o petista, a movimentação corresponde a valores que foram recebidos e também usados para pagamentos por integrantes da organização entre os anos de 2002 e 2012.
O valor pode ser ainda maior, tendo em vista que o montante corresponde à análise das quebras de sigilos bancários e fiscal feitas até o último dia 1º de outubro.
"Um lado positivo da prorrogação dos trabalhos é que poderemos aprofundar a análise dos dados que ainda estão chegando à comissão”, disse Cunha. Ele disse que chegou ao valor de R$ 84 bilhões em movimentações do esquema, analisando 75 quebras de sigilos de pessoas físicas e jurídicas ligadas a Cachoeira.

Decisão sobre novo prazo fica para depois das eleições

Hoje (16), os líderes da CPMI decidiram que vão prorrogar os trabalhos da comissão. No entanto, deixaram para depois do segundo turno das eleições municipais a decisão do prazo para mais investigação.
Inicialmente, o colegiado encerraria as atividades no próximo dia 4 de novembro.
"Os partidos entenderam que, por estarmos vivendo um período eleitoral, não poderíamos contaminar nenhuma discussão de apresentação de relatório ou outras discussões de requerimentos. Mas, por unanimidade, os partidos também entenderam que devem prorrogar os trabalhos da comissão", disse o  presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
O vice-presidente da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que é preciso avaliar o trabalho que já foi feito para posteriormente definir o prazo da prorrogação.
"Ainda temos que refletir o trabalho que nos resta. Temos que fazer um balanço do que fizemos, onde já chegamos e o tempo que necessitamos para conclusão da CPI. Por isso, resolvemos não fixar o tempo de maneira peremptória. Prazo hoje é desejo, e não podemos trabalhar com desejos. Temos que ter cronograma", disse Teixeira.
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), defende que a comissão tenha mais 180 dias para concluir as investigações. "Regimentalmente, temos mais 180 dias. Temos que quebrar o sigilo das 29 empresas que receberam recursos da Delta. Essa não é mais uma CPI do Cachoeira, mas também uma CPI da Delta", frisou o tucano.

Comissão é suspensa durante segundo turno

Assim como ocorreu durante o primeiro turno das eleições municipais, os membros da CPMI decidiram suspender as atividades durante o segundo turno. Com isso, a comissão só volta a se reunir na terça-feira (30) quando será definido o prazo de prorrogação dos trabalhos e também serão votados mais de 500 requerimentos que constam na pauta.
Apesar do acordo dos líderes para prorrogação dos trabalhos da CPMI do Cachoeira, ainda é necessária a coleta de 171 assinaturas de deputados e 27 senadores para extensão do prazo da comissão.

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