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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Lobby de Demóstenes assusta o Judiciário.

Lobby de Demóstenes assusta o JudiciárioFoto: Edição/247

Ministros dos tribunais superiores temem que sejam divulgados grampos da Operação Monte Carlo com referências aos nomes de Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Fux; senador goiano usava influência em favor dos negócios de Cachoeira.

A Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlos Cachoeira, já deflagrou crises paralelas em vários poderes. No mundo político, há parlamentares e governadores ameaçados. No Ministério Público, o procurador Roberto Gurgel será um dos convocados pela CPI. Na mídia, ficaram expostos também os métodos de apuração, muitas vezes ilegais, do jornalismo investigativo. Agora, é a vez do Poder Judiciário.

Segundo informa o Painel da Folha de S. Paulo, devem surgir, nos próximos dias, áudios do senador Demóstenes Torres em que ele menciona o nome de vários ministros de tribunais superiores, como Gilmar Mendes, José Antônio Dias Toffoli e Luiz Fux. Todos teriam recebido Demóstenes em audiências. Até aí, nada demais, uma vez que o parlamentar goiano foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado e se relacionava com o Poder Judiciário. O problema é que, ao que tudo indica, Demóstenes se vangloriava da sua influência em conversas com Carlos Cachoeira.

Como medida preventiva, vários ministros do STF já incumbiram seus assessores de levantar informações sobre todas as audiências que concederam a Demóstenes. A intenção é levantar data, hora, duração e temas tratados nos encontros. Sabe-se ainda que o senador também exercia grande influência junto ao Superior Tribunal de Justiça e ao Ministério Público.

O caso Gurgel

As relações entre Demóstenes Torres e Roberto Gurgel, procurador-geral da República, também deverão ser investigadas pela CPI. Durante dois anos, Gurgel engavetou um pedido da Polícia Federal para conduzir investigações contra o parlamentar goiano. Curiosamente, Gurgel decidiu abrir investigação contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, mas poupou o de Goiás, Marconi Perillo (leia mais aqui), sobre quem pesa agora a insinuação de que teria recebido propina dentro do Palácio das Esmeraldas.

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