
Já se sabia que o Brasil aniquila a sua natureza porque vive na lei da selva.
Sabe-se agora que, fracassando como bípedes, certos homens públicos pararam de evoluir.
Pior: em movimento francamente antidarwinista, esses seres exóticos recuam no tempo.
Buscam freneticamente os ideais do convívio simiesco.
Tome-se o caso do embate que opõe o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), ao ministro Carlos Minc (Meio Ambiente).
Assaltado por seus instintos mais primitivos, Puccinelli investiu contra Minc. Chamou o ministro "veado fumador de maconha".
Perguntou se Minc participaria da Meia-Maratona Internacional do Pantanal, em 11 de outubro. E avisou: "Eu o alcançaria e estupraria em praça pública".
Depois, em nota, Puccinelli disse que, “na hipótese de [suas palavras] terem gerado ofensa ao ministro [...], apresenta seu pedido de desculpas".
Lamentou “a conotação de ofensa” atribuída aos seus despautérios. Escreveu que suas “críticas restringem-se ao ambiente do debate técnico e político” (!?!?!).
Coisa associada, segundo ele, aos “assuntos que dizem respeito aos interesses de Mato Grosso do Sul e ao Ministério do Meio Ambiente".
Em reação, Minc como que sugeriu ao detrator que saia do
armário: "Ele deve fazer uma análise mais profunda da declaração dele sobre o estupro em praça pública...”
Deve “...examinar e tratar com mais carinho o homossexualismo que existe dentro dele próprio e talvez aceitar isso com mais razoabilidade..."
“...O Freud explica que muitas pessoas que têm o homossexualismo enrustido tentam matar o homossexual que há dentro dele próprio."
Nessa toada, Puccinelli e Minc acabam convencendo o criador de que, fracassado o projeto de criar o homem, melhor devolver todo mundo ao estágio do macaco.
Pode não resolver tudo. Mas a guerra do meio ambiente seria convertida em solução para o ambiente inteiro.
Escrito por Josias de Souza às 18h05
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