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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Oposição pede hoje abertura da CPI do MST

Claudia Andrade Do UOL Notícicas Em BrasíliaAtualizado às 11h36 A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) afirmou que deve protocolar ainda nesta quinta-feira (10) o requerimento para abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o repasse de recursos da União para o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Segundo a senadora, a CPI será mista, com integrantes do Senado e da Câmara. "Esperamos que a instalação possa ser rápida e que a base do governo, que tem alguns parlamentares que representam e defendem o MST possa não colocar dificuldade para indicação dos membros", afirmou Abreu. A senadora, que também é presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), negou que a iniciativa de instalação da comissão seja uma resposta à campanha do MST pela revisão dos índices de produtividade da terra. Mas não poupou críticas à reivindicação do movimento. "Não nos interessa os números a serem modificados. O que interessa é não aceitar que o setor agropecuário brasileiro seja tratado com preconceito. Essa exclusividade de ser o único setor a ter índice de produtividade, nós dispensamos. Os índices obrigam o produtor a produzir de qualquer jeito mesmo se houver uma crise. Não podemos admitir que meia dúzia de criminosos, baderneiros possa prejudicar o agronegócio que tem dado tanto resultado para a economia nacional", justificou a senadora. Em 2005, a chamada CPI da Terra investigou o repasse de recursos da União para cooperativas ligadas ao MST. O relatório final recomendou ao Ministério Público o indiciamento de dirigentes vinculados ao movimento. Questionada sobre qual seria a contribuição da nova CPI, a senadora disse que as denúncias devem ser feitas sempre que necessário. "Fizemos uma CPI no passado com relação a convênios dessas cooperativas e, infelizmente, o Congresso Nacional fez sua parte e as medidas implementadoras não foram feitas. Mas, a cada denúncia de desvio de recurso público nós abriremos as CPIs, até que o governo possa fazer valer o que é investigado no Congresso." Para a senadora, o resultado da CPI da Terra "demonstra o desrespeito e o pouco caso que as instituições e parte do governo com o Congresso Nacional". "Fizeram pouco caso da CPI que constatou as irregularidades. Nada aconteceu e os convênios continuaram a ser feitos. A diferença é que criaram outras cooperativas de fachada espalhadas pelo Brasil para que dificultasse a identificação desses repasses". A senadora destacou os Estados de São Paulo, Pernambuco, Pará e Mato Grosso como os que têm mais irregularidades a serem investigadas. "Em São Paulo tem valores imensos, mas vamos levantar essa prática em todo o Brasil. Temos denúncia de que em vários Estados está acontecendo a mesma situação, especialmente onde o MST é mais forte, onde se manifesta com mais violência, mais força, como São Paulo, Pernambuco, Pará, Mato Grosso. Vamos buscar todos esses convênios para que possam ser fiscalizados".

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