Marcelo Justo/Folha
Responda rápido: o vaivém dos polÃticos ocorre porque os partidos não valem nada ou os partidos são fracos porque os polÃticos trocam a convicção pela conveniência?
Para ajudá-lo, vai aqui a penúltima da polÃtica de São Paulo: o ex-deputado Celso Russomano está de saÃda do PP. Vai para o PRB.
Por quê? Mandachuva do PP-SP, o deputado Paulo Maluf não permite que Russomano seja candidato à prefeitura de São Paulo pela legenda.
Maluf tricota com o tucanato do governador Geraldo Alckmin. E planeja enfiar o PP dentro da coligação do PSDB, cujo candidato deve ser Bruno Covas.
Maluf flerta com os tucanos em retribuição à gentileza de Alckmin, que cedeu a um apadrinhado do PP a presidência da CDHU, estatal habitacional do Estado.
Bem posto nas pesquisas e sem força para reagir a Maluf, Russomano decidiu sentar praça no PRB do ex-vice-presidente José Alencar. Agora responda:
PolÃticos vão e vêm porque partidos são insignificantes ou legendas não valem um nÃquel porque seus membros mudam de convicção como quem muda de cueca?
Um formulador de questionário de vestibular talvez incluÃsse uma terceira opção: todas as alternativas anteriores são corretas.
De resto, Mario Covas, avô de Bruno Covas e patrono polÃtico de Geraldo Alckmin, deve estar se revirando na tumba.
Vivo, Covas gritaria para Alckmin: “Maluf?!? Lembre-se: nós saÃmos do PMDB para fundar o PSDB porque não querÃamos chamar o Quércia de companheiro.”
Escrito por Josias de Souza
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