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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A maquiagem apropriada para a informação conveniente.




A manipulação das pesquisas, das estatísticas e da realidade local, como forma de justificar as atuações de seus companheiros.

-Quando nos deparamos com o quadro mostrando a situação deprimente do nosso município, comparado com outros do nosso estado, com recursos bem aquém dos nossos, quase que nos revoltamos!


-Quando lemos a entrevista do nosso prefeito, especialmente sem uma análise mais crítica e profunda de suas assertivas, passamos a reverenciar estas administrações e atribuirmos a elas a nossa “salvação da lavoura”, chegando ao ponto de, em um lampejo de alucinação, pensar que seria inaceitável outra sigla partidária administrar nosso município, sob o risco de voltarmos à idade média ou quiçá da pedra lascada.

Estes pseudos analistas direcionam os resultados estatísticos, no sentido de beneficiar suas assertivas, subestimar o que não interessa e valorizar o que entende positivo e favorável pessoalmente.

Estas análises são complexas, requer uma série de ponderações, imparcialidade e impessoalidade nestas questões.


Entrevista do Sr. prefeito Sebastião Almeida ao Jornal Diário de Guarulhos publicada na edição de hoje 22/11/2011.

Apesar de ainda ocupar a última posição entre os municípios paulistas com mais de 500 mil habitantes em matéria de indicadores socioeconômicos, Guarulhos deu um grande salto nos últimos dez anos graças à ação das administrações encabeçadas pelo PT na cidade. Essa é a principal análise do prefeito Sebastião Almeida (PT) sobre os indicadores do IBGE com base no Censo 2010 divulgados ontem pelo DG. “Pagamos o alto preço do pouco investimento realizado devido a problemas políticos ocorridos antes de 2001, quando a educação não era tratada como prioridade”, comentou Almeida sobre o tópico do analfabetismo. As questões do saneamento básico e da renda também foram respondidas com exclusividade ao DG pelo chefe do Executivo, que assegura: sua administração está construindo uma cidade cada dia melhor.

Diário de Guarulhos – Dentre as tabelas do IBGE sobre os grandes municípios paulistas, Guarulhos figura na última colocação, com 4,1%, no quesito sobre índice de analfabetismo. Qual a explicação?

Sebastião Almeida – Guarulhos tinha 6,3% de analfabetismo segundo o Censo 2000. Agora estamos com 4,1%, uma redução de 30% em dez anos. Na maioria, são pessoas de mais idade que chegaram aqui de Estados que não tinham condições de lhes proporcionar educação. No caso das crianças, conseguimos elevar o patamar educacional extraordinariamente desde 2001, quando o PT começou a governar a cidade. Tínhamos 300 crianças em creches e cerca de 20 mil matriculadas na rede municipal de ensino há uma década. Agora, são 20 mil nas creches e 115 mil nas escolas da Prefeitura. Estamos criando condições para que o mundo do analfabetismo seja eliminado definitivamente da cidade. Daqui a dez anos vamos colher indicadores muito mais positivos.

Neste período a arrecadação do município saltou da casa dos 600 mil para a casa dos 3 milhões. Houve um acentuado crescimento da população, não por pessoas vindas de estados que não tem condições de proporcionar educação, mas, de pessoas com nível de escolaridade e socioeconômico elevado e que vieram da capital e outras cidades da grande São Paulo, em face do crescimento imobiliário no município.

DG – E em relação aos adultos que não sabem ler e escrever?

SA – Hoje só permanece analfabeto quem quer, pois o município oferece ensino especializado no Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA). Pagamos o preço do pouco investimento realizado devido a problemas políticos ocorridos antes de 2001, quando a educação não era tratada como prioridade.

Na visão do prefeito o analfabetismo é culpa dos cidadãos, muito simplista esta idéia! 
Na década de 70 o MOBRAL, acredito que o maior movimento de alfabetização de adultos já implantado em nosso país, não obstante as limitações e a ausencia total dos recursos de comunicação, especialmente internet que dispomos hoje, foi difundido e implementado em todo o Brasil e não resolveu o problema do analfabetismo dos adultos. Há! Neste caso era culpa do regime!

DG – No tópico sobre saneamento adequado em residências, a cidade está com 87,9%, também abaixo de suas congêneres paulistas. Evoluímos aí?

SA – Estávamos com 75% em 2000. Aumentamos em 12%, pulando agora para 87,9 %. Nunca a cidade viu tanto investimento em saneamento como neste período. Nos últimos anos enfrentamos também o tratamento de esgoto. Saímos do zero e vamos para 30% nos próximos dias, quando será inaugurada a ETE Bonsucesso. Duvido que algum município tenha avançado tanto numa única gestão.

Almeida garante 55% de esgoto tratado até 2010. Estamos em 2011.

DG – Na questão da renda, Guarulhos está na média nacional, com R$ 666, mas existe uma faixa de 21% de sua população abaixo da linha da pobreza. Quais circunstâncias levaram a esse quadro?

SA – Em determinadas cidades, como as do ABC, existe o setor automobilístico, que paga melhor até por causa da mobilização sindical. Isso faz com que a faixa salarial média seja maior. São categorias profissionais mais organizadas atuando lá, enquanto Guarulhos conta com indústrias diversificadas. Mas o fator mais determinante é que a cidade perdeu industrias geradoras de bons empregos, como a Philips, Olivetti, Microlit e muitas outras. Agora estamos num novo momento, de transição, com instalação de novas empresas que irão recuperar essa média salarial. Em quantidade de empregos gerados, contudo, estamos muito bem, pois de janeiro a outubro a cidade gerou 14 mil novas vagas.

É notório que a indústria automobilística perdeu muito de sua capacidade em oferta de empregos diretos, especialmente com o advento da robotização das indústrias, a redução de empregados nas referidas empresas superam, em muito o total dos empregos oferecidos pelas empresas citadas pelo prefeito e que saíram do nosso município, diga-se de passagem, deixou de citar várias outras que encerraram suas atividades no município ou reduziram de forma substancial suas atuações. Quanto a referencia da competência dos sindicalistas do ABC, provavelmente faltou esta mesma habilidade e competência aos nossos sindicalistas! Deveras polêmica esta assertiva. Uma pergunta: Será que os empregos oferecidos pela Olivetti superavam os ofertados pelo Shopping Internacional? Inclusive dos pequenos e micro empresários que lá se estabeleceram?

DG – Falta capacitação para que os trabalhadores consigam melhores empregos?

SA – A Prefeitura tem sido uma verdadeira sala de aula, formando mão de obra para vários segmentos. Na maioria das vezes, no ato da diplomação as pessoas já estão empregadas. As universidades também estão focando nos cursos profissionalizantes. O maior problema de Guarulhos hoje não é a geração de empregos, mas a capacitação de mão de obra. Esse é, em termos, um bom problema para ser resolvido. O mundo do trabalho esta mudando rapidamente e temos de nos adaptar. Um motorista hoje tem de conhecer informática, por exemplo, caso contrário não consegue o emprego. Vamos continuar apostando em qualificação.

Provavelmente o prefeito também entende que em Guarulhos só não tem uma profissão quem não quer, afinal com o número de cursos profissionalizantes ofertados gratuitamente pela municipalidade, só não querendo mesmo se profissionalizar. Mais uma assertiva simplista do nobre administrador.

DG – Como analisa hoje o fluxo migratório dos anos 70 e 80 e suas consequências para o município?

SA – Isso ocorreu com muitas cidades brasileiras. O pior é que os municípios não dialogavam com o governo federal. Tínhamos um modelo em que Brasília só falava com os Estados. Nos últimos anos isso mudou. O governo federal estabeleceu parcerias diretamente com as cidades, como no caso do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Trata-se de uma grande vitória das cidades brasileiras. Mas o ideal é o dialogo permanente entre as três esferas: federal, estadual e municipal.

Perfeito! Para que um município se desenvolva, necessariamente o prefeito, o governador e o presidente da república, necessariamente têm que pertencer à mesma agremiação partidária! Pobre dos demais municípios brasileiro onde o prefeito, o governador e o presidente são de partidos opostos e adversários políticos. Esta é a visão política dos que não consegue separar paixões partidárias com ato de governar.

DG – Como o prefeito em 2020, ano do próximo Censo, vai encontrar a cidade?

SA – O que estamos executando em saneamento é muito importante. Vamos chegar a 100% de tratamento em mais quatro anos. Depois disso não haverá mais nada a fazer nessa área. Do ponto de vista da moradia, estamos enfrentando a urbanização das principais favelas, trabalhando conjuntos habitacionais em Cumbica, São Rafael, Santa Cecília, Vila Flora e em quase todas as favelas. Estamos pegando pesado, ainda, para evitar novas ocupações irregulares, como no Lavras. Se todos os prefeitos construírem moradias e evitarem loteamentos ilegais não teremos mais problemas nessa área no futuro. A Prefeitura não terá de cuidar das questões que estamos enfrentando, pois muitos loteamentos foram aprovados aqui no passado sem qualquer infraestrutura. Foram erros cometidos há décadas. Sem dúvida, estamos caminhando hoje para uma cidade muito melhor.

Quem ocupou? Ocupou! Quem invadiu? Invadiu! Agora não pode mais, afinal o partido político do prefeito resolveu todos os problemas de moradia em nosso país. Só não tem sua casa própria quem não quer!


Perfeita a entrevista do nosso prefeito, é só correr para o abraço.

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