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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Transparência Guarulhos.


Redação Guarulhosweb

O HOJE traz nesta edição uma reportagem que se baseia no relato de uma fonte, que conta os bastidores de um processo de licitação pública, encabeçado pela Secretaria Municipal de Finanças para a contratação de uma empresa que deveria prestar serviços técnicos para a modernização e atualização do cadastro imobiliário do município de Guarulhos. O certame, que teve início em 2009, só foi concluído em fevereiro passado, quando o Município assinou um contrato de R$ 4 milhões com a empresa vencedora.

Até aí não haveria nada de anormal. Porém, segundo a apuração da reportagem, a licitação foi adiada em pelo menos duas vezes até que a empresa vencedora - segundo a fonte - conseguisse vencer, numa demonstração de que o processo pode ter sido dirigido, com o objetivo de atender determinados interesses. Não bastasse a falta de transparência ao longo desse processo, a empresa ganhadora - que tem sua sede em uma sala comercial no Centro de São Lourenço da Serra, um município localizado a 80 quilômetros de Guarulhos, no outro lado da Grande São Paulo - já recebeu um quarto do valor contratado (cerca de R$ 1 milhão) mesmo sem ter o aval técnico do setor responsável de que algum serviço tenha sido prestado.

Chama a atenção também o fato de a Secretaria de Finanças, conhecida entre os fornecedores da Prefeitura, como um osso duro de roer quando o assunto é pagamento, ter liberado tanto dinheiro de forma tão rápida. Geralmente, os débitos com os credores não são quitados com menos de 120 dias do vencimento, chegando - em alguns casos - a mais de um ano. Só esse dado por si só chama a atenção e pode demonstrar que os critérios e cronogramas de pagamentos dependem mais da boa vontade de quem tem a caneta, no caso o secretário municipal de Finanças, Nestor Seabra.

Antes que venham dizer que se trata de mais uma reportagem denuncista, fruto da imaginação da imprensa, é importante ressaltar que o HOJE apurou muito bem as informações publicadas, junto a fontes bastante confiáveis. Também abriu espaço, antes mesmo da publicação, para as devidas explicações tanto da Secretaria de Finanças como da empresa contratada. Porém, até o fechamento desta edição, como parece ser praxe, nenhuma das duas se manifestou.

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