da Folha Online
A Polícia Federal investiga o presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luiz Fernando Denucci, que foi multado em R$ 3,5 milhões por movimentar valor 20 vezes maior que o seu rendimento. De acordo com reportagem publicada pela revista "Istoé" desta semana, a Receita Federal quer saber como ele enviou R$ 1,79 milhão de uma conta de Miami, nos Estados Unidos, para sua conta-corrente no Brasil.
De acordo com a reportagem, a Polícia Federal também descobriu que, por três anos, Denucci fez movimentações financeiras que superavam em mais de dez vezes seus rendimentos declarados. Além disso, investiga como ele conseguiu ampliar em 15 vezes seu patrimônio pessoal em um espaço de apenas seis anos.
Ainda segundo a reportagem, fontes da PF dão conta de que entre 1998 e 2004 o patrimônio declarado de Denucci saltou de R$ 200 mil para R$ 3 milhões, sem que o economista apresentasse justificativas.
Só em 2000, o presidente da Casa da Moeda teria movimentado um volume de recursos 21 vezes superior (R$ 3,1 milhões) aos seus rendimentos apresentados ao Fisco (R$ 145 mil), segundo a reportagem.
Em 2003, Denucci declarou rendimentos de R$ 200 mil, mas movimentou R$ 1,3 milhão. E, em 2004, a declaração de renda apontava R$ 236 mil de ganhos enquanto, mais uma vez, R$ 1,3 milhão foi movimentado por ele.
Indicado à presidência da Casa da Moeda pelo PTB em 2008, Denucci teria chamado a atenção das autoridades fazendárias após transferir do Exterior para a sua conta-corrente no Brasil a quantia de R$ 1,79 milhão sem declarar.
A descoberta, ainda segundo a reportagem de "Istoé", foi feita por acaso quando a Polícia Federal investigava servidores que utilizavam as extintas contas CC5 para movimentar dinheiro no Exterior.
O presidente da Casa da Moeda alega que o montante é resultado de um empréstimo. "Tudo não passa de uma manipulação grosseira para tentar derrubar meu cliente da presidência da Casa da Moeda do Brasil. [...] O que houve foi internação do dinheiro, fruto de um empréstimo", disse à revista o advogado de Denucci, Edson Ribeiro.
O advogado pediu habeas corpus preventivo para o presidente da Casa da Moeda, mas o Supremo Tribunal de Justiça rejeitou o pedido. A Polícia Federal, agora, aguarda o fim do processo administrativo ao qual Denucci responde na Receita Federal para instaurar inquérito policial por sonegação.
Procurados pela revista, o líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), admite que seu partido apadrinhou a indicação de Denucci para presidente da Casa da Moeda, "mas o nome dele foi aprovado pela Casa Civil da Presidência da República".
Já o presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, que endossou a indicação do presidente da Casa da Moeda, informou que ele só poderá dar entrevistas sobre o caso a partir de fevereiro.
É por essas e outras que os pilantras preferem guardar suas "economias" na cueca, nas meias, no paletó, na camisa, ou seja, nas vestes. Será que só este cidadão movimenta mais recursos do que ganha? Acho que as investigações da Polícia Federal deveriam ser mais abrangentes. Deve ter algum interesse escuso por trás de tudo isso; querem atingir alguém.
ResponderExcluir