Wellington Alves 23/01/2010 11:08
Nenhum plano de carreira de qualquer categoria do funcionalismo público municipal foi revisado em 2009. A perspectiva neste ano é que as conversas avancem na Comissão Permanente de Negociação (CPN), formada por membros da Prefeitura de Guarulhos e do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Stap). De concreto, apenas que o plano do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) foi concluído e deve ser encaminhado a Câmara Municipal.
Já outros, como o da Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos (Proguaru), ainda nem começou a ser discutido. Para o presidente do Stap, Jair de Souza Lima, as negociações no ano passado evoluíram pouco por causa dos representantes do governo. "Eles colocavam dificuldades para emperrar o processo". Por 2010 ser ano eleitoral, e os trabalhos legislativos terem a tendência de ocorrer em velocidade mais lenta no segundo semestre, o dirigente entende que é necessário fechar os acordos e votalos até junho.
A Secretaria de Administração e Modernização confirmou que a revisão do plano do Saae está em fase de conclusão e deve ser encaminhado em breve para a Casa de Leis. Já as revisões na Saúde, Educação e Assuntos de Segurança Pública seguem em andamento. As demais, no caso, Proguaru e o geral dos demais servidores da Prefeitura, ainda não começaram.
No caso dos servidores da Educação, o principal debate gira em torno dos agentes de desenvolvimento infantil (ADI).
Eles querem redução da jornada de trabalho de 33 para 30 horas, além de equiparação salarial aos professores. Na Guarda Civil Municipal (GCM), o desejo dos servidores é aumento de 30% do risco atividade.
Porém, a reivindicação foi rechaçada pelo Governo. A Prefeitura ainda não fechou o plano geral dos servidores, mas prometeu apresenta-lo ao Stap em breve. Já a Proguaru contratará uma empresa para rever os planos e só deve apresentar uma proposta no fim deste semestre.
Outro debate que deve causar polêmica é o dos funcionários da Secretaria da Saúde.
A administração municipal quer que a população avalie os serviços. Dependendo do resultado, reverterá em aumento de salário para os servidores.
O Stap é contra a medida. "O funcionário não tem computador, papel ou estrutura para trabalhar. Daí o munícipe pode dar uma nota ruim pela falha no atendimento, quando o responsável é a Prefeitura e não o servidor", explica Lima.
O servidor público não tem que ser avaliado pela população e sim pela administração; existem ferramentas para isso. A população tem que avaliar a administração e os serviços prestados. Existem servidores e servidores, bem ou mal todos os serviços públicos são prestados pelos servidores e não pelos administradores, apesar da falta total de motivação e das condições que lhes são oferecidas. Empresas de telefonia fixa ou móvel, bancos, financeiras, Tv por assinatura, provedores de internet, planos de saúde, produtos alimentícios, eletrodomésticos, móveis, etc. figuram no site do PROCON/SP como campeões de reclamação e mal atendimento, no entanto, estes produtos e serviços não são oferecidos nem prestados por servidores públicos. Criou-se uma cultura de desqualificar os servidores públicos e dessa cultura muitos administradores vem tirando proveito. No entanto, atualmente a regra é administradores transportarem dinheiro sujo em suas vestes, e não os servidores de verdade, quando cometem algum delito, via de regra, são esculachados em praça pública, especialmente quando pertencem ao 4º, 5º ou sei lá qual escalão.
ResponderExcluirOs produtos e os serviços de péssima qualidade que abarrotam os PROCONS são culpa dos funcionários daquelas empresas ou dos empresários? Apliquemos a mesma resposta aos serviços públicos.