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domingo, 22 de maio de 2011

Caso Mércia Nakashima completa um ano e segue sem solução.

Fotos Mércia Nakashima Morta%

Diário de Guarulhos
Juliana Aguiar Carneiro
Da Redação

O dia 23 de maio pode ser um dia qualquer para a maioria dos guarulhenses. Mas para a família Nakashima, amanhã completa um ano de sofrimento, dor, saudade, e o pior de todos os sentimentos: a sensação de impunidade. E porque não dizer até mesmo injustiça?

O fato é que o caso mais comentado do ano passado continua sem solução. Os acusados ainda estão foragidos e a família permanece lutando para que a morte brutal da advogada Mércia Nakashima não seja esquecida, principalmente pela polícia.

De acordo com o irmão da vítima, Márcio Nakashima, a dor da perda continua a mesma, mas a família está reaprendendo a viver.

“Nunca mais seremos os mesmos. O que mais dói é saber que os responsáveis continuam sem pagar pelo crime”, disse Márcio. Ele também conta que mesmo depois de um ano, sua mãe, Janete Nakashima, chora todos os dias.

“Nos nove primeiros meses após o crime, quase todos os dias eu precisei levar a minha mãe para o hospital”, disse o irmão da vítima.

Questionado sobre a atuação da polícia, que ainda não conseguiu prender os foragidos, Márcio afirmou que entende a defasagem do órgão, afinal são milhares de mandatos de busca e apreensão para serem cumpridos por apenas 40 policiais da Divisão de Captura.

“A atuação da polícia é um pouco contraditória para mim. Eu sei que são muitos mandatos para serem cumpridos e todos eles são importantes, não apenas dos acusados da morte da minha irmã. Mas é a polícia que também possibilita a fuga de Mizael, já que ele sobrevive do salário que recebe da Polícia Militar”, disse ele.

Já o advogado de Mizael, Samir Haddad Junior, disse que seu cliente não vai se entregar até que todos os recursos sejam julgados no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

“Estamos esperançosos. Mizael está péssimo, já que vive em cárcere privado. A vida dele só voltará ao normal após o julgamento”, disse o advogado.

ACUSADOS
Acusado de ser o autor do crime, o policial militar reformado Mizael Bispo de Souza está foragido desde o dia 7 de dezembro do ano passado. Mizael namorou Mércia por quase quatro anos. De acordo com a polícia, ele teria matado a advogada por rejeição, após ela ter terminado o relacionamento. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime.

Evandro Bezerra da Silva é apontado como co-autor do crime. Ele teve a prisão temporária decretada no dia 25 de junho e foi preso em Canindé do São Francisco, em Aracajú, no dia 9 de julho. Um dia depois foi transferido para o 1º DP de Guarulhos, no Centro. Em 9 de agosto, teve sua prisão revogada, mas assim como Mizael, em dezembro, teve o pedido de prisão aceito novamente, mas também continua foragido. Evandro responde pelos mesmos crimes, apenas sem a qualificadora de motivo torpe.

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