A Justiça revogou nesta sexta-feira (27) a prisão temporária do vice-prefeito de Campinas (93 km de São Paulo), Demétrio Vilagra. Ele foi solto à noite.
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Demétrio Vilagra foi solto depois de prestar depoimento
Vilagra havia sido preso ontem, após chegar de viagem da Europa, onde passava férias.
O vice-prefeito teve a prisão decretada pela Justiça na última sexta-feira (20) por suposta participação em esquema de fraudes em licitações na prefeitura, que envolviam contratos da Sanasa (empresa mista de abastecimento de água e saneamento).
Além dele, outras 11 pessoas foram presas por envolvimento no suposto esquema.
A pedido do Ministério Público Estadual, o ex-diretor comercial da Sanasa, Marcelo de Figueiredo, e o empresário Gabriel Ibrahim Gutierrez também foram soltos nesta sexta.
Eles eram os únicos que ainda permaneciam na cadeia anexa do 2º Distrito Policial.
Segundo a promotoria, a prisão temporária já não era mais necessária, já que todos já haviam prestado depoimentos.
Na tarde de hoje, o vice-prefeito prestou depoimento e negou participação no esquema, que direcionava contratos e arrecadava propinas.
Segundo o advogado Ralph Tórtima Stettinger, Vilagra explicou "em pormenores" a origem de sua renda mensal e justificou os R$ 60 mil encontrados em sua residência pelo Ministério Público.
Por possuir dívidas e multas de campanha, Vilagra é constantemente cobrado e, por isso, mantém dinheiro guardado em casa, segundo o advogado.
Ele confirmou o encontro de Vilagra com os empresários Alfredo e Augusto Antunes, que afirmaram, em depoimento, ter pago propina de R$ 20 mil ao vice-prefeito. No entanto, o advogado nega que seu cliente tenha recebimento dinheiro.
"Que eles queriam vantagens para a empresa, isso é indiscutível, mas não tiveram coisa alguma", afirmou Tórtima.
A defesa de Gabriel Ibrahim Gutierrez, preso nesta manhã, disse que ele também prestou depoimento à tarde e reafirmou que não existe o esquema apontado pelas investigações.
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