Folha
Em palestra a militantes, o ex-chefão da Casa Civil, José Dirceu, conclamou o PT a pegar em lanças contra o fim da reeleição.
”Vamos deixar de ser ingênuos. Nós é que temos iniciativa, hegemonia, ofensiva para poder nos reeleger”, disse.
A ideia foi empinada na comissão de reforma política do Senado.
Ali, aprovou-se o fim da reeleição e a ampliação dos mandatos para cinco anos.
Membro da comissão, o grão-tucano Aécio Neves argumentou: pedir votos sem deixar o cargo é certeza de uso da máquina estatal.
Em resposta, Dirceu disse à militância petista: com ou sem reeleição, a máquina é acionada. Citou São Paulo como exemplo:
“Alguém acha, em sã consciência, que vai acabar o uso da máquina a favor deste ou daquele porque vai acabar a reeleição?...”
“...Se o Serra for candidato em 2014 e não o Alckmin, não vai se usar a máquina? Não tem nada a ver”.
Transpondo-se a frase de Dirceu para o âmbito federal, a pergunta fica assim:
Se o Lula for candidato em 2014 e não a Dilma, não vai se usar a máquina? Não tem nada a ver.
Ou seja: para Dirceu, o PT tem de comparecer ao debate da reforma política com disposição para salvar a “hegemonia” federal. Sem prurido ou “ingenuidade”.
Sem essa de abaixar para pegar o sabonete.
Escrito por Josias de Souza
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