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quarta-feira, 23 de março de 2011

A hipocrisia da CUT e uma excrescência chamada “Imposto Sindical”

Não podemos negar que eles têm profissionalismo e método. A CUT agora decidiu “pressionar” o governo em favor do fim do Imposto Sindical, aquela medida cartorial que obriga todo trabalhador, sindicalizado ou não, a ceder um dia de trabalho a um sindicato. È mesmo, é? Nota: as empresas também contribuem com as entidades patronais.

O Imposto Sindical pago pelos trabalhadores formais do Brasil inteiro deve andar aí pela casa dos $ 2 bilhões por ano. É uma fábula! Desse total, 5% vão para as confederações; as federações ficam com 15%, e os sindicatos, 60%. Antes do reconhecimento das centrais sindicais, que ocorreu em 2007, o Ministério do Trabalho levava20% do bolo — o dinheiro integrava o FAT. A partir de 2008, as centrais — a CUT inclusive, é claro — passaram a ter direito a metade do dinheiro que ia para a pasta.

Atenção! As entidades sindicais podem gastar essa grana como lhes der na telha. A lei aprovada no Congresso previa que o TCU deveria acompanhar a aplicação desses recursos, já que têm origem num imposto. Lula vetou! E tudo contou com apoio da CUT. A central, agora, fica numa posição confortável. Prega o fim do imposto porque sabe que isso dificilmente vai acontecer. Se o governo levasse a proposta adiante, acabaria aproximando as outras centrais das oposições — que, então, acabariam se manifestando em favor dessa excrescência, entenderam?

Por Reinaldo Azevedo

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