Ed Ferreira/AE
Centro de Lançamento da Aeronáutica, no Rio Grande do Norte, onde Dilma está hospedada.
PARNAMIRIM (RN) - Para impedir que haja vazamento de qualquer imagem da presidente Dilma Rousseff, durante os dias em que está descansando no Rio Grande do Norte, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, a Presidência da República proibiu que as pessoas entrem com qualquer tipo de câmara, inclusive de celulares. Todas as pessoas que chegam à Barreira do Inferno são vistoriadas ao entrarem na área militar. Quem estiver com celular, tem o aparelho recolhido ou sua bateria retirada para que não possa ser usado dentro das dependências do centro.
A medida é para impedir que façam alguma foto "roubada" da presidente Dilma e diverge do estilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante seus oito anos de mandato, Lula sempre fazia questão de tirar fotos com quem lhe pedisse. A ordem começou a valer na sexta-feira, quando a presidente Dilma chegou ao local para passar o Carnaval.
No governo Lula, a restrição era imposta apenas para quem se encontrasse com o presidente em seu gabinete. Desde 2009, todas as pessoas que entravam no gabinete do ex-presidente eram obrigadas a deixar seu celular na ante sala de com um funcionário da presidência, que cumpria o papel informal de "fiscal de celular".
No governo Dilma, a ordem permaneceu, inclusive para ministros, que deixaram de tuitar em reuniões como faziam no passado. Em 2009, o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, encaminhou uma circular a todos os ministérios informando que qualquer autoridade que fosse falar com ele deveria deixar o celular do lado de fora.
A proibição agora, na Barreira do Inferno, da entrada de celulares com câmeras surpreendeu servidores. A justificativa do governo é que a presidente Dilma está em um momento privativo e de descanso. A agenda da presidente se encerrou na sexta-feira no final da manhã e para o período de cinco a oito de março, citava apenas que "a presidenta Dilma Rousseff passa o feriado de Carnaval sem compromissos oficiais", não informando onde ela permaneceria.
O que será que esta gente está fazendo lá dentro de tão secreto que a população que paga estas mordomias não pode saber? Sinceramente, pode até ser coisa decente mas não parece! Só falta matar os que lhes serviram, após o banquete!
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