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sábado, 30 de junho de 2012

O que deu errado na aliança Lula-Campos?

O que deu errado na aliança Lula-Campos?
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula



Aparentemente, tudo. Luiza Erundina, do PSB, que seria vice na chapa de Fernando Haddad, do PT, pulou fora. Os dois partidos, que deveriam estar juntos em Recife e Belo Horizonte, romperam; será que agora, apesar dos sorrisos, é guerra?

247 – Para muitos analistas políticos, o ex-presidente Lula e o governador pernambucano Eduardo Campos tinham tudo para selar uma aliança política duradoura. E que poderia até se expressar numa chapa presidencial em 2014, caso a presidente Dilma Rousseff decidisse não concorrer à reeleição. Lula seria o candidato; Campos, o vice. Outra possibilidade seria trabalhar para que o pernambucano tomasse o lugar de Michel Temer, na chapa de Dilma, em 2014.

Eduardo Campos trabalhou muito nessa direção. O primeiro movimento se deu em São Paulo, quando a direção nacional do PSB interveio no diretório municipal e impôs o apoio à candidatura de Fernando Haddad – a principal liderança local, o deputado federal Marcio França, defendia o apoio a José Serra.

Ato contínuo, o PSB indicou a ex-prefeita Luiza Erundina como vice de Haddad e veio então a famosa foto com Paulo Maluf. A partir daí, tudo desandou. Erundina desistiu de ser vice e o PSB se viu relegado a um papel secundário em São Paulo – perdeu a vice para o PC do B, que indicou Nádia Campeão para o lugar.

Depois disso, PT e PSB romperam em duas capitais importantes: Recife e Belo Horizonte. Na capital pernambucana, tudo começou com a confusão armada pelo próprio PT, que vetou a reeleição de João da Costa. Como não havia mais coesão na Frente Popular, Campos lançou seu secretário Geraldo Júlio como candidato e fechou o apoio até do PMDB de Jarbas Vasconcelos, arquirrival de Lula.

Lula foi a Recife, encontrou-se com o governador pernambucano, mas Campos bateu o pé e manteve a candidatura própria do PSB. Revoltado, o presidente do PT, Rui Falcão, incitou a militância petista a se levantar contra o PSB no Recife. Se isso ainda não aconteceu em Pernambuco, a revolta foi vista em Minas neste sábado, quando os petistas decidiram romper com o atual prefeito, Márcio Lacerda, que é o do PSB.

Depois de tudo isso, a pergunta que se coloca é: quais serão as repercussões para 2014? PT e PSB estarão juntos? Há muito tempo, lideranças petistas, como José Dirceu, têm demonstrado preocupação com as ambições presidenciais de Eduardo Campos. E se os dois partidos não foram capazes de articular uma aliança no plano municipal, não será simples curar as feridas até 2014.

Fonte: BRASIL 247

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