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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Justiça torna Delúbio réu em SP por crime do mensalão.

Folha de São Paulo
FLÁVIO FERREIRA
DE BRASÍLIA
André Borges/Folhapress
Delúbio Soares(ao centro) fala no dia 24 de julho em ato de de apoio à sua absolvição no julgamento do mensalão, em Brasília
Delúbio Soares(ao centro) fala no dia 24 de julho em ato de de apoio à sua absolvição no julgamento do mensalão, em Brasília

A Justiça Federal em São Paulo abriu processo criminal contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que passou a ser réu sob a acusação de ter lavado dinheiro no caso do mensalão.

A decisão é do juiz federal Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo, que aceitou no dia 6 de julho denúncia do Ministério Público Federal resultante do desmembramento do caso de compra de apoio político. O Ministério Público Federal tomou conhecimento do recebimento da denúncia nesta terça-feira (31) e divulgou a informação nesta quarta-feira.

Delúbio é acusado pelo Ministério Público de receber dinheiro de origem ilícita das agências do empresário Marcos Valério por meio do Banco Rural.

Segundo a denúncia da Procuradoria, "as agências de publicidade repassavam os recursos ilicitamente obtidos a representantes do Partido dos Trabalhadores, entre outros, seja para apropriação pessoal de seus membros, seja para repasse a membros congressistas da base aliada, a fim de obtenção de apoio ao poder executivo", aponta a denúncia principal.

No esquema denunciado à Justiça Federal paulista, o Ministério Público afirma que o Banco Rural, contrariando normas vigentes, autorizou, entre novembro de 2003 e março de 2004, que representantes de Delúbio Soares, sem se identificarem nas operações, realizassem saques em dinheiro. Os cheques eram emitidos pelas duas empresas de publicidade, nominais a elas próprias.

O banco participou do valerioduto para ver "atendidos seus interesses econômicos perante o governo, entre eles obter influência ilícita para aquisição do Banco Mercantil de Pernambuco", de acordo com a acusação.

Em sua defesa na ação penal do mensalão que começará a ser julgada no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (2), o ex-tesoureiro do PT confirma os empréstimos de Marcos Valério, mas diz que as transferências para a base aliada foram para saldar dívidas de campanhas e nega que seriam referentes à compra de apoio político.

A ex-presidente do banco à época das irregularidades apontadas afirma que os empréstimos eram legais e nega interesse na liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco.

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