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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Camargo Corrêa: MPF pede investigação de 14 obras

OLHA A CAMARGO AÍ GENTE! O VIADUTO DE GUARULHOS É FICHINHA!
A Operação Castelo de Areia deu à luz, nesta segunda (7), a 14 filhotes. Deve-se o lote de partos à procuradora Karen Loise Jeanette Kahn. Ela remeteu a autoridades de outros Estados e de Brasília 18 representações. Pede a abertura de inquéritos para apurar malfeitos detectados em 14 obras. Na lista, canteiros assentados no Estado de São Paulo –metrô e Rodoanel, por exemplo. Inclui também obras do PAC. Por exemplo: eclusa de Tucuruí e aeroporto de Vitória. Os empreendimentos constam de planilha apreendida pela Polícia Federal. A peça liga obras a autoridades e parlamentares que teriam recebido verbas da construtora por baixo da mesa. Tomada pelo tamanho -mais de 200 nomes- a planilha insinua encrenca gigantesca. Tomada pela cor, promete terremoto pluripartidário. Vai do PMDB ao PCdoB, passando pelo PSDB. A procuradora Karen passou os casos adiante porque os personagens sob suspeição fogem à sua alçada. Ao procurador-geral da República Roberto Gugel, por exemplo, enviou-se cópia da planilha com os nomes de congressistas. Cabe a ele, se julgar que é o caso, requisitar abertura de inquérito ao STF, o foro dos parlamentares. Apuram-se crimes variados: improbidade administrativa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e delitos eleitorais. No texto que levou à web para informar acerca das providências, o Ministério Público se exime de citar nomes. Vai abaixo a lista das obras e as supeitas que pesam sobre cada uma delas: Representações encaminhadas à Procuradoria Geral da República: 1. Eclusa da Hidrelétrica do Tucuruí (PA) - Acusações contra membro do TCU, diretor-geral do DNIT, diretor financeiro e diretor de Engenharia e Planejamento da Eletronorte; 2- Aeroporto de Vitória - Malfeitos atribuídos senador do PSB; 3- Metrô de Fortaleza - Envolve deputado federal e senador do PCdoB; 4- Metrô de São Paulo, Linha 4-Amarela - Acusações a deputado federal do PSDB, membros do Tribunal de Contas de SP a uma candidata do PT a deputado estadual no Paraná; 5- Rodoanel - São Paulo - Implica deputado federal do PR e diretor de Engenharia da estatal parlista Dersa; 6- Cesp - Ponte Paulicéia - Acusa deputado federal do PSDB e filiado do PMDB; - Em tempo: enviou-se também ao procurador-geral da República a planilha que associa as obras a autoridades do Executivo e congressistas suspeitos de ter receber propinas. Para a Procuradoria Geral da Justiça de São Paulo foram as seguintes representações: 1 - Paraisópolis - Envolve secretário de Habitação da Prefeitura de São Paulo; 2 - Prefeitura de Jundiaí - Atribui malfeitos a assessor especial da Prefeitura de Jundiaí; 3 - Senasa - Campinas - Acusa o secretário de Planejamento e o diretor técnico do Senasa; 4 - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural Ambiental da Cidade de São Paulo - Trata da liberação de obra de interesse da Camargo Corrêa, com suposto envolvimento do secretário de Habitação de São Paulo e de vereadores, incluindo o presidente da Câmara Municipal paulista; 5 - Obra de Jurubatuba - Trata de supostos malfeitos do secretário de Infra-Estrutura Urbana e Obras da prefeitura de São Paulo e do secretário-geral do DEM; 6 - Metrô de São Paulo - Linha 4 - Amarela e Rodoanel - Envolve auditor e conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, membros do Ministério Público do Estado e da Polícia Civil paulista; 7 - Obra de Estreitinho - Menciona os diretores de Engenharia e de Construção de Furnas; À Procuradoria Geral da Justiça do Rio de Janeiro, remeteu-se uma representação: 1. Metrô do Rio de Janeiro - Implica um secretário de Estado do Rio; Ao Ministério Público Federal no DF, mais uma representação: 1. BR-101 - DNIT: Trecho ligando capitais litorâneas entre RN e PE, com suposto envolvimento do diretor de Infra-Estrutura Rodoviária do DNIT e coordenador geral de Construção Rodoviária do mesmo órgão; À Justiça Federal de São Paulo, mais uma petição: 1. Pedido de abertura de inquérito: Envolve conselheiros executivos da Camargo Corrêa em crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O escândalo que se esconde sob as dobras da planilha da Camargo Corrêa é vinho da mesma pipa que embebedou o governo 'demo' de José Roberto Arruda. A diferença está no tamanho dos panetone$ e na quantidade de meias e cuecas. - PS.: Ilustração via sítio 'Charges do Benett'. Escrito por Josias de Souza às 19h07

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