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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

No Rio, PT acusa PT de mutreta em eleições internas.

O petismo do Rio de Janeiro está na bica de se dar conta de que não conseguirá transformar em bem um mal necessário. Empurrada para o segundo turno, a eleição para a escolha do novo presidente do PT-RJ pode acabar no tapetão. Candidato da cúpula nacional, o deputado federal Luiz Sérgio encontrou no rival Lourival Casula um osso mais difícil de roer do que supunha. Os filiados foram às urnas neste domingo. A apuração dos votos está inconclusa. Mas a margem que separa Sérgio de Casula é estreitíssima. A distância entre um em outro é contada na casa das seis centenas de votos. De antemão, um grupo acusa o outro de fraude. A turma de Casula acusa a patota de Sérgio de fraudes. As mutretas teriam ocorrido em quatro cidadades: Quissamã, Petrópolis, Angra dos Reis e Italva. A direção nacional foi de Luiz Sérgio porque o candidato está fechado com a idéia de reproduzir, no Rio, a parceria PT-PMDB, esboçada em Brasília. Por trás de Lourival Casula está o prefeito petista de Nova Iguaçu, Lindberg Farias. Que tenta envenenar o flerte com o PMDB. Candidato ao governo do Rio, Lindberg deseja afastar o PT do palanque reeleitoral do governador Sérgio Cabral (PMDB). Ele dá de ombros para o argumento de que o apoio a Cabral seria um mal necessário, para pôr de pé, no Rio, um palanque único e sólido para Dilma Rousseff. Lula e a cúpula do petismo imaginaram que a vitória de Luiz Sérgio seria um passeio. O grupo de Lindberg surpreendeu-os com o segundo turno. Dizia-se, então, que, no round final, Luiz Sérgio prevaleceria sobre o rival com folgas. Não é o que se verifica. Para complicar, a acusação de fraude vem tonificar a impressão de que, no PT, o mal, ainda que tido por necessário, não resulta em bem. - Atualização feita às 17h05 desta segunda (7): O PT-RJ informa que Luiz Sérgio prevaleceu sobre Lourival Casula. Placar apertado: 14.531 votos (51,8%) contra 13.511 (48,2%). Diferença de 1.020 votos. A apuração não terminou. Mas informa-se que o resultado é irreversível. Falta contar um lote de urnas de três cidades pequenas. Depois, será preciso analisar as acusações de fraude formuladas pela turma de Casula contra o grupo de Sérgio. Escrito por Josias de Souza às 16h25

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