Para comissão ser criada, é necessário o apoio de 32 dos 94 deputados estaduais.
Gabriel Mestieri, do R7
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) começou sexta-feira (11) a recolher assinaturas para tentar criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncias de pagamento de propina a autoridades municipais e estaduais em obras envolvendo a construtora Camargo Corrêa, investigadas pela operação Castelo de Areia da Polícia Federal. São necessárias as assinaturas de 32 dos 94 deputados estaduais paulistas para criar a comissão.
O deputado diz que as investigações da PF atingem grandes obras estaduais, como a construção do trecho sul do Rodoanel e da linha 4 do Metrô, e envolvem políticos de todas as esferas da administração pública. Por causa disso, diz ele, têm que ser investigadas “em profundidade”.
- A Alesp (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo) não pode ficar passiva. A situação é muito séria, com [suspeita de] pagamento de propina para políticos e membros do Ministério Público. A Assembléia tem que fiscalizar.
Giannazi reconhece que será difícil emplacar a CPI, mas diz que vai lutar para conquistar o apoio de outros deputados. Além de parlamentares do PT e PCdoB, aliados que fazem parte da oposição, quer trazer deputados da base para assinar o requerimento da comissão.
Segundo uma planilha apreendida pela Polícia Federal, a Camargo Corrêa pagava propina a autoridades estaduais e municipais em vários lugares do Brasil para conseguir facilidades com contratos de obras realizadas com dinheiro público. A procuradora da República em São Paulo Karen Kahn pediu ao Ministério Público de São Paulo que aprofunde investigações a respeito de obras supostamente fraudadas no Estado.
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