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domingo, 20 de dezembro de 2009

Feiras livres ocupam vias importantes e travam a cidade.

Aparício Reis - ANEL VIÁRIO Pedestres e veículos disputam espaço por causa da feira livre. Criadas há mais de 50 anos, com intuito de ajudar, atividade tem causado problemas em ruas e avenidas de Guarulhos. RODRIGO SOUSA Da Redação A cidade de Guarulhos conta atualmente com aproximadamente 90 feiras livres, catalogadas pela prefeitura, e espalhadas pelos quatro cantos da cidade. De segunda a segunda, um turbilhão de pessoas e barracas invade as calçadas de diversas ruas e avenidas do município, oferecendo vários tipos de serviços. Essa atividade já está incorporado ao cotidiano do guarulhense. Ou vai dizer que você nunca comeu um disputado pastel do japonês ou se refrescou com um delicioso caldo de cana? Apesar das benesses por elas proporcionadas, há momentos em que se têm a impressão de que não existem leis que regem essa atividade, principalmente quanto à sua localização. Elas estão sujeitas a regulamentações, conforme explica o diretor do Departamento de Relações de Abastecimento da Prefeitura (Drab), Rui Bernardes, 44 anos. "As feiras são regidas por decretos e legislações específicas". Ele também disse que a licença para liberação de funcionamento desse tipo de comércio passa pelo departamento do código de postura da cidade. As licenças, para serem concedidas, passam por um processo rigoroso de avaliação, que considera desde a disponibilidade do local até a carência de determinados produtos na região. Não é o que se verifica em uma rápida passagem pelos locais onde essas feiras ocorrem. O serviço que deveria servir para ajudar, tem se transformado em transtorno à população. Para Tereza Rodrigues, 36, supervisora da loja Portal Portas, localizada na Avenida Avelino Alves Machado, no Jardim Pinhal, a feira que ocorre semanalmente no local atrapalha e muito o comércio. "Com a armação das barracas, próximas às calçadas, o movimento dos clientes fica prejudicado. Às terças-feiras nosso movimento cai 95%", informou. "Sem contar a sujeira e o cheiro forte que é deixado no local após o término", acrescenta. Já para o feirante Ricardo Moreira dos Santos, 31, são raras as reclamações de moradores por causa da feira. "Quando ocorre alguma reclamação é por causa do pouco espaço que sobra para transitar entre as barracas", disse. Isso não é corroborado pelo gerente de uma loja de água, que tem negócios na mesma avenida. Anderson Andrade Matos, 28, também reclamou da queda do movimento e da higiene precária do local. "Já convivo como isso há muito tempo e nos dias que a feira ocorre perco 90% de meus clientes, isso sem falar no cheiro horrível que fica quando termina", declarou. Segundo Bernardes, esse tipo de situação não deveria ocorrer, pois existem equipes específicas para fiscalizar. "Temos fiscais distribuídos por toda a cidade, que primeiro notifica e depois pune os reincidentes, com multa no valor de R$ 435", informa o diretor. Procurado pelo DG, o presidente dos sindicato dos feirantes de Guarulhos, Hélio Teruia, disse que o crescimento do trânsito é o responsável pelos problemas relacionados à feira. "É injusto culpar só a feira pelos problemas, o trânsito também tem culpa. Devemos aprender a conviver com os dois", disse. Não pensem que esses transtornos são identificados apenas em algumas feiras. O DG percorreu várias feiras e todas elas apresentavam problemas semelhantes. A localizada no Anel Viário, por exemplo, e que acontece às quartas-feiras, por estar numa das avenidas mais movimentadas da cidade, a Humberto de Alencar Castelo Branco, causa grandes dores de cabeça para os motoristas que tem que atravessar a região nesse dia. Obrigados a desviar por ruas paralelas e sem estrutura para receber o trânsito intenso, acabam danificando seus veículos e oferecendo riscos às famílias que residem no bairro. Perguntado sobre quais providências a prefeitura está tomando com relação aos problemas citados, o diretor do Drab informou que estudos estão sendo realizados para diminuir o impacto nas regiões que apresentam mais problemas. Enquanto isso não acontece, a cidade, ou melhor, o cidadão, é que está se adequando às feiras, que além desses problemas, não contam com sinalização adequeda para os desvios.

Um comentário:

  1. Lendo a reportagem a respeito das feiras livres, temos a impressão de que esta modalidade de comércio se iniciou há 50 anos e, em Guarulhos!
    Sabemos que esta modalidade é uma das formas primitivas de se exercer o comércio, sendo praticamente uma unanimidade os seus defensores, exceto alguns individualistas que as condena quando acontece em sua porta, no entanto, são defensores implacáveis quando ocorre na porta do vizinho.
    Não é verdade que as feiras-livres atrapalham o comércio estabelecido de forma generalizada, em regra, afeta alguns ramos específicos que comercializam produtos direcionado a determinado público minoritário; é só fazer uma pesquisa e verificar in loco. Não temos dúvidas em afirmar que, ao contrário, a feira-livre é uma das formas mais eficientes para os empresários estabelecidos divulgarem seus negócios, uma vez que atrai praticamente todos os moradores da região para sua porta, bem como, os feirantes e os usuários em geral são consumidores dos produtos e serviços oferecidos pelos mesmos.
    Os que se dirigem de Guarulhos para São Paulo, especialmente com destino ao Metrô Tucuruvi e região do bairro Água Fria, se depara com uma enorme feira-livre na Avenida Benjamim Pereira, principal Avenida do Tucuruvi que ocorre aos domingos e, logo em seguida, na Rua Manuel Gaya outra que acontece às quintas-feiras implicando no desvio de todas as linhas de ônibus que utilizam aquele trajeto. Ressaltando, as feiras-livres de Guarulhos, sem dúvida, é a forma de comércio mais fiscalizada no município dispondo de fiscais em praticamente todas elas.
    Entendemos que as feiras-livres possuem virtudes e defeitos; que incomodam alguns do mesmo modo que vários outros tipos de comércio e prestação de serviço, no entanto, uma forma eficiente e única para o comércio daqueles produtos na forma e condições que se apresentam.
    Sugiro que os que condenam as feiras livres tenham como vizinho: uma oficina de carburação, especialmente de motos, uma casa noturna, uma igreja, enfim, existem vários outros incômodos bem mais significantes que a feira-livre.

    Francisco Brito

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