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segunda-feira, 22 de março de 2010

EDITORIAL - Pobres moradores de rua, pobres moradores de Guarulhos.

Redação Guarulhosweb 22/03/2010 10:16
Há questões que envolvem a administração pública, cuja solução parece extremamente difícil por mais que os agentes envolvidos demonstrem querer resolvê-las Uma destas são os moradores de rua, pessoas que - por uma série de fatores, por escolha ou por falta de opção - acabam por viver nas regiões centrais das grandes cidades brasileiras. E em Guarulhos não é diferente. Muita gente preferiria que eles não existissem ou - na pior das hipóteses - que ficassem escondidos da sociedade, de uma forma que o problema não ficasse tão exposto. Mas nem uma coisa nem outra é possível. Em Guarulhos, como em qualquer grande cidade brasileira, são centenas de moradores de rua que vivem na marginalidade. Alguns até enveredam para o mundo da criminalidade, outros se envolvem com drogas, principalmente o crack, e acabam praticando pequenos furtos. Mas a maioria se caracteriza como pedintes. Vão para os faróis tentar algum trocado junto aos motoristas para conseguir comer algo ou, pior, comprar um pouco de pinga, a bebida mais barata e consumida por essa população. Os arredores do Restaurante Popular, na avenida Monteiro Lobato, se tornaram, já há alguns anos, os locais preferidos pelos moradores de rua da cidade. Comerciantes e moradores da região não aguentam mais todos os problemas decorrentes desta fixação nas praças e locais públicos. A praça conhecida como dos Químicos, por ficar em frente ao sindicato desta categoria, quase que se tornou uma favela, já que eles se instalaram naquele local até com barracas. A situação se tornou tão insustentável que a Prefeitura promoveu uma grande ação 20 dias atrás para retirá-los dali e promover a reurbanização - em curso - da praça. Mas o problema só mudou de lugar. Quem vivia naquela praça migrou para a outra praça, bem em frente ao Viaduto Cidade de Guarulhos, na esquina da Monteiro Lobato com Paulo Faccini, a mais importante avenida da região central. Infelizmente, o local que é uma das principais entradas da região central se tornou um cenário lamentável, onde prevalece a sujeira deixada por essa população de rua. Assim, não é de se estranhar que as ruas próximas sofram com a degradação natural, promovida por essa gente sem alternativa. Eles acabam por fazer suas necessidades nas portas dos estabelecimentos comerciais, em frente às residências e edifícios. À noite, o cenário se torna ainda mais sombrio e, porque não, perigoso. Lamentavelmente, as políticas municipais de assistência social não dão conta de solucionar o problema. Um novo abrigo municipal, com a ampliação no número de leitos, foi inaugurado poucos meses atrás. Mesmo assim, é insuficiente para abrigar esses moradores. E, mesmo que fosse, esta jamais seria a solução para essa grave ferida social, gerada por uma série de questões que envolvem questões sócio-culturais de todo o país. Ou seja, é necessário que a sociedade repense e ajude a encontrar soluções que jamais podem passar por esconder a sujeira embaixo do tapete.

Um comentário:

  1. Há poucos dias vimos na TV uma cena horripilante, em que guardas civis metropolitano de uma cidade do interior, arrancavam dos braços da mãe uma criança, cumprindo determinação judicial. Após a cena que chocou a todos veio os representantes da administração daquela municipalidade, com a maior cara de pau, diga-se de passagem, querendo se eximir da responsabilidade impingindo tudo aos GCM’s que estavam ali, entre a cruz e a espada, ou seja, cumprindo uma determinação judicial que, com certeza, seus chefetes o mandaram cumprir, é claro, a determinação não partiu do judiciário direto para os guardas. E mais grave, os ínclitos representantes do judiciário, os que detêm o poder de mandar cumprir a lei não usam de suas prerrogativas para determinarem busca e apreensão em face de: crianças, jovens e adultos que vivem largados a própria sorte perambulando nas ruas, sendo tratado como lixo humano. Já sabemos meus caros doutos! Os senhores debulharão um rosário de desculpas, invocam o judiquês, o latinês e quantos “ês” estão disponíveis para justificarem suas omissões. HIPOCRISIA PURA.

    OBS.: Caros servidores, não sejam cães de guarda, quando receberem uma determinação verbal, não as cumpram! Exigindo que a mesma seja devidamente formalizada. Não é papel da GCM, em tese, cumprir determinação judicial, especialmente deste tipo. Depois da besteira feita vocês que serão responsabilizados.

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