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segunda-feira, 8 de março de 2010

Você está pagando para ‘lustrar’ a imagem de Dilma.

Sim, caro leitor. Você não sabe, mas está saindo do seu bolso um naco da verba que ajuda a envernizar a imagem da ministra-candidata Dilma Rousseff. Deve-se à repórter Marta Salomon a descoberta: o Planalto usou R$ 2 milhões da verba extraída do bolso do contribuinte para bancar um lote de pesquisas. Nas sondagens, aferiu-se a popularidade de programas que servem de esteio para a campanha presidencial de Dilma. Bancados pelos brasileiros que estão em dia com o fisco, os pesquisadores foram às ruas no ano passado. Produziram-se relatórios que indicam "patamares elevados de desconhecimento" de algumas das principais vitrines do governo. Entre elas PAC e o pré-sal. Num dos textos, de maio de 2009, anotou-se que era "escassa" a memória do público em relação à publicidade do PAC. Algo que levou o secretário-executivo da Secretaria de Comunicação da Presidência, Ottoni Fernandes Júnior, a concluir: "[O PAC] é um programa que tem caráter abstrato e não estava no centro da publicidade institucional". Os estrategistas do governo foram informados também acerca da "forte desconfiança" da platéia em relação ao programa, sobretudo dos mais ricos. O Instituto Meta, que participou da empreitada, reproduziu em relatório uma resposta recolhida de entrevistado: "De certa forma, ele está usando o PAC para eleger a Dilma", anota o documento, de novembro de 2009. Informa que, entre os entrevistados que já tinham ouvido falar do PAC (menos da metade dos ouvidos), mais de 70% não conhecem suas obras. Em contraste, um percentual semelhante da população disse conhecer o Minha Casa, Minha Vida, programa que se propõe a entregar um milhão de moradias populares. O governo "descobriu", de resto, algo que os institutos indepentes já haviam informado sem que o bolso do contribuinte tivesse sido molestado: A avaliação positiva do governo é mais concentrada nas famílias com renda de até dois salários mínimos, principalmente no Norte e Nordeste. À medida que o entrevistado aumenta de renda decai o conceito de Lula e do governo dele. A corrupção serve de tônico para a avaliação negativa. O relatório de novembro ligou o fenômeno à crise do Senado. O texto fez menção ao "apoio público do presidente Lula a Sarney, principal alvo das denúncias". Signatário da avaliação, Flávio Silveira aventurou-se explicitamente na seara eleitoral. Num flerte com o óbvio, ele escreveu: “Não se sabe ao certo o teto do crescimento [de Dilma] e isso vai depender de vários fatores, como a transferência de votos de Lula". Retorne-se ao início: você, caro leitor, seja eleitor de Serra, de Ciro, de Marina ou da própria Dilma, financiou essa brincadeira. Escrito por Josias de Souza às 18h38

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