O pa©mício realizado por Lula e pela presidenciável petista Dilma Rousseff em Osasco (SP) renderá uma nova representação no TSE.
DEM, PSDB e PPS vão protocolar mais uma ação contra o presidente e a candidata dele na próxima semana.
Alegarão, de novo, que Lula e Dilma, a pretexto de entregar apartamentos, fizeram campanha política ilegal em evento pseudoadministrativo, custeado com verbas públicas.
“Eles estão avacalhando o processo”, disse Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM. “Ou a Justiça Eleitoral age, ou o jogo fica desequilibrado”.
A campanha extemporânea já rendeu a Lula duas multas. Na semana passada, em decisão individual, o ministro Joelson Dias aplicara pena de R$ 5 mil.
Refere-se a um pa©mício realizado no complexo do Alemão, no Rio, em 2009. A Advocacia-Geral da União anunciou que vai recorrer.
Na noite desta quinta (25), em julgamento colegiado, o plenário do TSE impôs a Lula outra multa: R$ 10 mil.
Dessa vez por conta de discurso pronunciado em janeiro, na inauguração da nova sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo.
No ato de Osasco, que resultará na nova representação, Lula fez piada da multa da semana passada.
“Não adianta vocês gritarem nome porque eu já fui multado pela Justiça Eleitoral, R$ 5 mil, porque eles disseram que eu falei o nome de uma pessoa...”
“...Pra mim não tem nome aqui”. A platéia, que até então não pronunciara nome nenhum, pôs-se a gritar: “Dilma, Dilma, Dilma...”
E Lula, entre risos: “Se eu for multado, vou trazer a conta pra vocês. Quem é que vai pagar a minha multa? Levanta a mão aí”.
A oposição vai anexar ao texto da nova representação um vídeo com as cenas de Osasco. Além de Dilma, acompanhava Lula o candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante.
Sem contar a ação que está por vir, há ainda no TSE mais três representações à espera de julgamento.
Em todas elas, PSDB, DEM e PPS pedem providências contra a movimentação eleitoral do presidente.
Rodrigo Maia diz que, se quiser, “Lula pode fazer pré-campanha”. Desde que seja "dentro da lei".
“Se ele entra na sede do PT e faz campanha, se pede votos para a candidata dele em evento fechado, é legítimo”, diz o deputado.
“O que não é admissível é a utilização escancarada da estrutura e dos recursos públicos para fins eleitorais. Isso torna a disputa desigual”.
A julgar por suas últimas decisões, a Justiça Eleitoral parece dar razão aos adversários de Lula.
Escrito por Josias de Souza às 06h55
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