Do mato da sucessão presidencial, como se sabe, não sai coelho. Sai Renan, Sarney, Roriz, Quércia e outros espécimes.
Nesta segunda (5), ao receber o apoio do PR –partido resultante da fusão do ultradireitista Prona com o protomensaleiro PL-, Dilma levou à selva um bicho novo.
Tem a plumagem do tucano e o jeitão do cordeiro. Mas a “patinha” denunciam-lhe a verdadeira identidade: lobo.
"Aqueles que venderam nosso patrimônio, quebraram o Brasil, deixaram o povo sem renda adequada não serão capazes de levar isso [a gestão Lula] em frente...”
“...Esses falsos cordeiros são fáceis de identificar, as mãozinhas de lobo aparecem. O povo não vai se deixar enganar. Eles mostram as patinhas de lobo".
Acomodado na presidência do PR, o ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes), agora devolvido à condição de senador, uivou para Dilma.
Disse que seu partido tem a "obrigação de não permitir que o projeto pensado pelo presidente Lula seja interrompido" no país.
E a candidata: "Estamos reafirmando a aliança que ajudou a mudar o Brasil. O PR participou de cada ato que mudou a vida política do nosso país...”
“...Queremos levá-los adiante. Agradeço a confiança de vocês. Conclamo todos nós para que sigamos juntos, mudando o Brasil".
Ao empurrar o pedaço mensaleiro do consórcio governista para dentro de sua coligação, Dilma estimula o eleitor a intimar a presença em cena do cão Nego.
O labrador que acompanha a ministra em suas caminhadas matinais é uma herança de José Dirceu, grão-duque do petismo.
Ao ser apeado da Casa Civil, empurrado pelas palavras de Roberto Jefferson –“Sai daí, Zé”— Dirceu deixou para Dilma a casa e o animal de estimação.
Solto na selva, Nego deve ter muito a latir. Há de ter testemunhado diálogos e conchavos insondáveis.
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