A Polícia Federal promove paralisação nesta quarta-feira (14) em todo o país, reivindicando reajuste salarial. De acordo com Sindicato dos Servidores da Polícia Federal, os serviços essenciais como passaporte, escolta de presos e aeroportos não devem ser interrompidos, mas haverá a chamada “operação padrão” nos aeroportos de Congonhas e Cumbica, que deve gerar filas para os usuários.
Durante a operação, policiais federais pedirão documentos a quem for embarcar após a passagem no detector de metais –atualmente os documentos são requisitados apenas no salão de embarque. A ação faz parte dos protestos e a PF já antecipa: vai criar filas. Em Congonhas, a operação acontecerá das 12h às 14h, e em Cumbica das 17h até 20h, afirma o sindicato. Viracopos, em Campinas, não é afetado.
A paralisação acontece nesta manhã, na sede da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. Às 10h, quando os portões foram fechados, uma fila já se aglomerava na entrada. Os funcionários estavam liberando apenas a entrada de quem tinha agendamento para fazer passaporte. As outras pessoas eram orientadas a retornar outro dia – já que a princípio a paralisação deve durar apenas um dia.
Na região, a Polícia Federal tem postos em Campinas, Araraquara, Piracicaba, Ribeirão Preto e Varginha.
Se as reivindicações não forem atendidas, no entanto, os policiais federais já têm data para a próxima parada: dia 28 de abril. Nessa data, a paralisação deve ser maior, de dois dias. E as interrupções no trabalho devem aumentar.
De acordo com Francisco Carlos Sabino, diretor de relações de trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais e vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal, o reajuste salarial pedido é de cerca de 24%. Segundo ele, de 2002 a 2009, o governo federal deu reajuste de 552% a algumas classe do Executivo, enquanto que a PF teve, no mesmo período, 83%.
“Nosso movimento pela reestruturação salarial é nacional. Queremos que seja dado a nós o que foi dado a eles. Nunca se trabalhou tanto na PF, mas não queremos apenas elogios”. Ele afirma que a expectativa é deixar os salários equivalentes aos da Receita Federal. “O salário inicial seria de cerca de R$ 12 mil”, afirma. “Em 2002, nosso salário era referência para os servidores”.
A expectativa do sindicato é que cerca de 600 pessoas se reúnam na mobilização de São Paulo e cerca de 10 mil no país todo.
Reivindicações:
De acordo com Francisco Carlos Sabino, diretor de relações de trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais e vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal, o reajuste salarial pedido é de cerca de 24%. Segundo ele, de 2002 a 2009, o governo federal deu reajuste de 552% a algumas classe do Executivo, enquanto que a PF teve, no mesmo período, 83%.
“Nosso movimento pela reestruturação salarial é nacional. Queremos que seja dado a nós o que foi dado a eles. Nunca se trabalhou tanto na PF, mas não queremos apenas elogios”. Ele afirma que a expectativa é deixar os salários equivalentes aos da Receita Federal. “O salário inicial seria de cerca de R$ 12 mil”, afirma. “Em 2002, nosso salário era referência para os servidores”.
Ação nos aeroportos
Os policiais federais que aderiram à paralisação organizaram também a chamada “operação-padrão” nos aeroportos da cidade para esta quarta-feira. Em Congonhas, a previsão era que a operação começasse às 12h, mas até as 13h os policiais ainda não tinham começado o protesto. Na operação-padrão os agentes conferem os documentos de quem vai embarcar após a passagem pelo detector de metais. Normalmente, a pessoa só entrega a documentação no salão de embarque. A PF acredita que isso deverá causar filas nos aeroportos. No Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a operação deverá começar às 14h.
“Estamos com vans preparadas e vamos disponibilizar quantas forem necessárias para fazer essa mobilização no aeroporto. Faremos o atendimento padrão, como deve ser feito, como a legislação determina. Temos indícios de que o serviço não é feito da maneira adequada, mas por pessoas sem habilitação e sem comprometimento, que ganham R$ 500. Não podemos deixar que essas pessoas façam nosso trabalho, exigimos que coloquem policiais federais legitimados para serviços de migração”, afirmou Rogério Almeida Lopes, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo.
A paralisação contou também com o apoio do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo, o que estava sendo considerado pela PF uma vitória, já que nem sempre os delegados se mobilizam. “Esse movimento é última instância, porque o governo federal tem menosprezado todos os pedidos e manifestações que as entidades da PF têm entregue, especialmente ao Ministério do Planejamento”, afirmou em discurso Amauri Portugal, presidente do sindicato dos delegados.
“Esse governo sempre se valeu das atividades da Polícia Federal no combate à corrupção e ao crime organizado. Mas quando necessitamos de uma valorização das nossas funções, o presidente Lula nos vira as costas. E na véspera de uma eleição.”
No Rio, tudo normal.
A assessoria de imprensa da Superintendência da Polícia Federal do Rio informou que não houve nenhuma alteração nas atividades dos servidores da unidade regional nesta quarta-feira (14). De acordo com um agente da PF do Rio, não há qualquer informação de adesão à paralisação que reivindica aumento salarial, chama a atenção para a falta de uma lei orgânica e exige plano de carreira.
Estão de parabéns, pois o governo precisa corrigir os salários dos PFs, acho que a operação padrão deveria durar mais.
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