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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cartão corporativo: R$ 80 milhões torrados em 2010.

Em 2010, último ano do reinado de Lula, o governo torrou R$ 80 milhões com cartões corporativos –R$ 15 milhões a mais que em 2009. Um recorde.

Deve-se a compilação das despesas ao repórter Milton Júnior, do sítio Contas abertas

Criados em 2001, sob FHC, os cartões sorveram desde então da bolsa da Viúva notáveis 357,6 milhões de reais.

A repartição mais estróina é a Presidência da República. Responde pelo grosso das despesas: 105,5 milhões de reais nos últimos nove anos.

O governo se jacta de ter levado as despesas ao “portal da transparência”. Esquece-se de mencionar, porém, um famigerado detalhe.

Nada menos que 93% dos dispêndios feitos com cartões são sigilosos. Sabe-se que a grana saiu. Mas ignora-se o seu destino.

Sonega-se da platéia o essencial sob a seguinte alegação: os dados são “protegidos por sigilo, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”.

No topo do ranking de gastadores de 2010 encontra-se o Ministério do Planejamento, que triplicou as despesas em relação a 2009: R$ 19,3 milhões.

Aqui, ao menos, há uma explicação palusível. O salto é atribuído ao manuseio de cartões por agentes contratados pelo IBGE para a realização do censo.

Sozinho, o IBGE respondeu por quase 90% do aumento de R$ 15 milhões anotado em 2010.

Logo a seguir vem a Presidência, com gastos totais de R$ 18,9 milhões. Tudo protegido sob o manto do sigilo.

Em 2007, como se recorda, o estouro dos cartões converteu-se em escândalo. O governo prometera, então, racionalizar as despesas.

Deu-se, porém, o oposto. A coisa avolumou-se. Onze órgãos tonificaram o uso do dinheiro de plástico.

Deus criou o dinheiro. E o homem se deu conta de que era boa a criação divina. Mas o diabo logo inventou o Imposto de Renda.

Desde então, os governos desfrutam do mais delicioso de todos os privilégios: o direito de torrar a grana alheia.

A idéia de que dinheiro público é grátis faz de toda tentativa de governo um ato de desperdício.

O Estado gasta a mancheias o que recolhe com mão grande. De quebra, chama de "contribuinte" o coletado involuntário.

Escrito por Josias de Souza

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