Hazir Reka/Reuters
Em meio à polêmica que rodeia as férias estatais de Lula no Forte dos Andradas, o Ministério da Defesa divulgou no twitter uma nota ambígua.
Diz o texto: “O ex-presidente Lula honra as Forças Armadas ao escolher o Forte dos Andradas p/ descansar com a família, a convite da Defesa”.
Ora, o vocábulo “escolher” não combina com “convite”. A combinação deixa no ar a impressão de que Lula convidou-se.
O Palácio do Planalto reconheceu que, como ex-presidente, Lula não poderia hospedar-se na do Exército no Guarujá. Porém...
Porém, a Presidência alega que, mediante convite, a hospedagem de ex-mandatários não constitui uma ilegalidade.
O ministro Nelson Jobim (Defesa) apressou-se em informar que partiu dele o convite para que Lula fosse à hospedaria militar.
Tomado pela nota que a Defesa pendurou no microblog, o “convite” de Jobim chegou depois da “escolha” de Lula. Antídoto de última hora contra o veneno da polêmica.
Não há lei que autorize nem a escolha nem o convite. Ainda que houvesse, reza a Constituição que todos os brasileiros são iguais perante a lei.
Portanto, qualquer mortal em dia com suas obrigações fiscais está autorizado a tocar o telefone para o ministro Defesa. Pode iniciar o diálogo assim:
“Ô, Jobim, providencia aí um convite para meia dúzia no Exército’s Inn do Guarujá. Quero a suíte presidencial. Chego quando o Lula sair”.
Escrito por Josias de Souza
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