O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou nesta segunda-feira o pedido de habeas corpus feito pela defesa do advogado Mizael Bispo de Souza, acusado de participar do assassinato de sua ex-namorada Mércia Nakashima.
Robson Ventura/Folhapress
Mizael Bispo de Souza durante audiência no Fórum de Guarulhos para ouvir testemunhas do assassinato de Mércia
Nesse novo pedido de habeas corpus, a defesa contestou a decisão do TJ-SP e alegou que houve "ilegalidade na decretação da prisão", destacando que o decreto não estava fundamentado, segundo o STJ.
Apesar disso, o ministro Ari Pargendler, presidente do STJ, afirmou em sua decisão que o documento estava fundamentado em possíveis ameaças contra testemunhas e familiares da vítima. Na decisão, ele ainda destacou que a polícia deve identificar a linha telefônica utilizada para as intimidações. "Há fatos novos, situações que devem receber análise", afirmou o desembargador.
O advogado de Mizael, Samir Haddad Junior disse nesta segunda que vai recorrer da decisão no STF. "Esse resultado já era esperado, mas agora vamos recorrer. Esse decreto de prisão é totalmente ilegal".
Ele ainda afirmou que Mizael não deve se entregar a polícia. "Ele [Mizael] está abatido, mas está otimista."
CRIME
A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio. Seu carro foi encontrado na represa de Nazaré Paulista no dia 10 de junho, e seu corpo no dia seguinte.
Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado pela polícia de ajudar Mizael, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado.
Silva chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa de Nazaré Paulista no dia 23 de maio --data de desaparecimento de Mércia--, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.
Fonte: Folha.com
DE SÃO PAULO
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