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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O grupo intitulado "Equipe Eternos Guerreiros" organizou uma passeata nesta quinta-feira para pedir a saída do secretário municipal de Cultura.

Redação Guarulhosweb - Foto: Ana Paula Almeida

Um movimento formado por artistas da cidade, intitulado "Fora Hélio Arantes", pede a saída do atual secretário municipal de Cultura do do comando da pasta. De acordo com material enviado ao Guarulhos Hoje, os atos praticados por Arantes iriam contra o Plano Nacional de Cultura do próprio Partido dos Trabalhadores (PT).

O grupo autodenominado "Equipe Eternos Guerreiros", formada por artistas e civis, marcou - via internet e folhetos distribuídos na cidade - uma passeata que deve sair nesta quinta-feira, às 10h, no Calçadão da rua Dom Pedro, no Centro, rumo ao prédio da Secretaria de Cultura. Segundo o movimento, o secretário seria responsável pela manipulação das últimas eleições para o Conselho Municipal de Cultura e para o Conselho Diretor do Funcultura, além de ter fechado a Escola Viva de Artes Cênicas, institucionalizada por lei municipal, entre outros apontamentos como, por exemplo, a má utilização do orçamento da pasta.

Segundo o movimento, uma das primeiras ações do secretário ao assumir a Cultura em 2009 teria sido o fechamento da Escola Viva de Artes Cênicas e cancelamento de parte do contrato com a Proguaru, que garantia aos equipamentos da Secretaria quadros de funcionários como controladores de acesso e agentes de serviços gerais pelo pleno funcionamento de teatros como o Nelson Rodrigues e o Padre Bento.

Os cortes teriam ocorrido, segundo a denúncia, porque Arantes considerava os contratos muito dispendiosos para a Prefeitura já que atenderiam um público mais abastado. A Escola Viva de Artes Cênicas gerava um custo anual de aproximadamente R$ 100 mil, segundo informações colhidas pelo grupo junto a funcionários de alto escalão da Secretaria. .

Entretanto, entre janeiro de 2009 e agosto de 2010, a Secretaria de Cultura destinou R$ 3.695.460,47 a empresas tercerizadas para locações de equipamentos de som, luz e montagens de palcos para shows e eventos diversos, contratados. O movimento aponta que centenas de artistas do município precisam se contentar com um Fundo de Cultura que não chega a um terço do valor gasto em 2009 com locações.

Também fazem parte das denúncias a falta de espaços culturais na cidade. O grupo considera que o Teatro Nelson Rodrigues está praticamente abandonado, necessitando de uma urgente reforma há anos. Já o Adamastor Pimentas funciona de acordo com as regras da Reitoria da Unifesp, onde o teatro está localizado, sem atender as verdadeiras demandas dos artistas e da comunidade segundo os denunciantes.

Eleições dos Conselhos - As denúncias apontam que houve manipulações das eleições para o Conselho Municipal de Cultura e para o Conselho Diretor do Funcultura. Nas duas ocasiões, o secretário de Cultura teria conduzido os processos para eleger pessoas de sua confiança.

O Conselho Municipal de Cultura foi instituído por uma lei do vereador Edmilson Souza (PT) e sua eleição ocorreu durante a Conferência Municipal de Cultura, em outubro de 2009, nas instalações da Unifesp, no Pimentas. Na ocasião, as plenárias foram presididas por Hélio Arantes, que - segundo os artistas - teria se esforçado para eleger um "conselho submisso e ilusório".

O Conselho tem a função de deliberar e fiscalizar ações da Secretaria. A candidatura dos interessados deveria ser feita individualmente por membros da sociedade civil. Porém, de acordo com as denúncias, Hélio Arantes já tinha uma chapa formada com pessoas de sua confiança enquanto os outros interessados teriam cerca de meia hora para organizar grupos antes que a votação começasse.

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