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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Depois de trocar farpas nesta quarta-feira com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador Itamar Franco (PPS-MG) também discutiu com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) no plenário da Casa após ele apresentar o seu voto em favor do salário mínimo de R$ 545.
Itamar ironizou o valor proposto pelo governo federal ao afirmar que uma família brasileira não tem condições de viver com o valor sugerido pelo governo.
Lula Marques/Folhapress
Depois de trocar farpas com Sarney, Itamar também discutiu com Romero Jucá após apresentar voto do mínimo
O senador relembrou o ex-presidente João Figueiredo para criticar o mínimo de R$ 545.
"Uma vez perguntaram para um presidente o que faria com um salário mínimo, sabe o que respondeu?", questionou a Jucá. O peemedebista respondeu: "que daria um tiro na cabeça".
Itamar se transformou no principal destaque da oposição durante a votação do salário mínimo por fazer sucessivos questionamentos a senadores da base de apoio ao governo federal.
Ao seu lado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) acompanha a sessão, mas ainda não se manifestou publicamente a respeito do novo valor do mínimo.
Cinco senadores da base de apoio do governo e cinco da oposição se revezam na tribuna do plenário da Casa para defender e criticar o projeto do governo que fixa o mínimo em R$ 545. A votação só terá início depois do período reservado aos discursos.
Os senadores vão votar, em primeiro lugar, o projeto encaminhado pelo Executivo que fixa o mínimo em R$ 545. Depois, na sequência, vão analisar três emendas apresentadas pela oposição com mudanças no projeto.
Duas aumentam o valor do salário mínimo para R$ 560 e R$ 600, respectivamente. E a terceira retira do texto a permissão para o governo reajustar o salário mínimo por decreto presidencial nos próximos quatro anos --retirando a discussão do Congresso.
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