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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o deputado Vicentinho (PT-SP) foi vaiado por dezenas de representantes das centrais sindicais ao finalizar a leitura de seu relatório, que acata o valor do salário mínimo de R$ 545, como quer o governo.
O deputado ressaltou, porém, que representantes da própria CUT não estão no local. Ele afirma ainda que o sindicato do qual realmente faz parte, dos Metalúrgicos do ABC, defende a manutenção do acordo, que fixa o valor do mínimo com base na variação do PIB de dois anos antes mais a inflação do ano anterior.
"Meu compromisso é com o trabalhador. Tenho certeza que as vaias de hoje vão se transformar em aplausos em janeiro do ano que vem, quando o valor vai chegar a mais de R$ 600", disse.
Em seu relatório, Vicentinho acata integralmente as propostas do governo, que além de estabelecer a política e o salário de R$ 545 para este ano, diz que os valores dos próximos anos serão fixados por decreto, ou seja, sem passar pela aprovação do Congresso.
"A Casa que está decidindo, não está abdicando de nada. A presidente não vai ter o poder de mudar o que foi apreciado aqui", disse. Líderes da oposição, principalmente do PPS, criticam este ponto do texto.
Depois das vaias contra Vicentinho, as centrais continuaram a se manifestar contra todos os deputados do governo que se posicionam pelo valor de R$ 545.
Mais cedo, o PSOL levou um carrinho de supermercado cheio para o salão verde da Câmara, para mostrar o que seria possível comprar com um salário de R$ 700, valor defendido pelo partido.
Já o deputado Paulinho (PDT-SP), presidente da Força Sindical, circula com uma cópia aumentada de uma moeda de R$ 0,50, para simbolizar o que significaria o aumento de R$ 560, como defende as centrais.
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