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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

PSOL entrará com ação contra prefeito de Manaus, que mandou moradora "morrer"

Com uma casa de 2 500 metros quadrados no meio da selva, Amazonino Mendes entra na mira do STJ Camila Campanerut

Do UOL Notícias
Em Brasília

A senadora do PSOL, Marinor Brito (PA), anunciou nesta terça-feira (21) que irá ingressar com uma representação criminal na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), pelo suposto crime de preconceito e discriminação.

Na segunda-feira (21), Mendes se irritou com uma moradora de uma área de risco, na zona norte de Manaus, e discutiu com ela em frente às câmeras. Na ocasião, o prefeito disse “morra, minha filha, morra” depois que a moradora se recusou a sair e questionou para onde ela iria.

Após dar esta resposta, o prefeito ainda perguntou de onde ela vinha e, ao saber que a moradora era do Pará, disse em tom de deboche: “Pronto. Tá explicado”.

Ativista nas causas de direitos humanos e respeito às diferenças, a senadora acredita que a atitude do prefeito reforça ainda mais o preconceito da sociedade com relação aos migrantes, em especial à população do Pará –Estado que ela representa no Senado.

“Estou dando entrada amanhã na representação na Procuradoria Geral da República com objetivo de recolocar este debate do histórico preconceito das elites contra a migração no país”, justificou a senadora.

A expectativa da senadora é que a PGR possa investigar o caso e tomar as providências necessárias. A legislação prevê que "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional" pode ter pena de reclusão de um a três anos de prisão e multa para quem cometeu o crime.

“Não é com esta atitude grosseira, humilhante e desqualificadora de uma mulher trabalhadora que o prefeito Amazonino vai resolver o problema das pessoas que não querem sair dos canais. Como as pessoas que não querem sair das encostas dos morros do Rio de Janeiro porque sabem que o Estado não vai assegurar no dia seguinte um local onde possam morar com dignidade”, concluiu a parlamentar.

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